quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

ARITMÉTICA DE MANO MANÉ

[Mais achas para a fogueira]

Aritmética de Mano Mané, pode agitar as consciências lá na cúpula do Democrático, o Movimento de… Para Todos, mas que se diz ser para poucos. Isso de ser para poucos, pode ser má língua. Má língua, há para tudo e todos, em todos os momentos.
Todas as semanas capas de jornais, ora dizem que esta dança é exclusiva para execução daquele e outro não dança da mesma maneira, ora o político fulano não se entende com político sicrano, enfim, vão sendo criados, arquitectados é mais bonito, soa bem, problemas, para criar desconfiança, onde a confiança se via florescente.
Obras de má língua, até podem passar para vídeos e depois se discute se é ela ou não… Mas isso é outra coisa, não parece o caso do Para Todos e Mané, o De Araújo.
Pela insistência do Mané, que não se confunde com o finado do Ansumane, de Bissau, de resto nunca houve nada semelhante, senão a magreza, se for, porque não vejo de perto o Mano, passam anos, tirando as imagens nos jornais e televisões, não há fumo sem fogo.
O Mano Mané, De Araújo, tem estado a questionar a democraticidade lá no Movimento e até discordou do que o Democrático usou para justificar o desaire nas presidenciais, legislativas e na eleição para as assembleias provinciais, tendo em conta as expectativas não só internas mas também externas enquanto prevalecia Sadjunjira e as sondagens diziam o que eram as suas conclusões, porque, de contrário, até amealhou um pouco lá na 24  de  Julho.
Logo ele disse que havia que assumir os erros cometidos, quando os outros, seus correligionários, incendiavam a casa do adversário ladrão eterno – só eles nunca roubaram nada, nem uma manga do quintal alheio quando eram crianças!
Queria o Mano Mané, voltando à vaca fria, que o chefe da bancada do Democrático fosse um deputado eleito pelo círculo da Zambézia. Não conseguiu porque Chiveve é água que corre e Coco cai e para se ver água é preciso parti-lo.
O que pode ser estranho é que no mandato passado, salvo esquecimento meu, esta minha cabeça cheia de preocupações até me pode provocar amnésia, não se ouviu nenhuma voz, lá  na 24 de Julho – talvez porque o  neto rejeitado do Dzovo não tinha assento –, pedindo a existência do terceiro vice-presidente parlamentar, na ideia de que o contrário seria exclusão.
Nada. Formou-se a terceira bancada de oitos deputados sem nenhuma outra reivindicação, diz-se com beneplácito da maioritária, contra a vontade da eternamente segunda organização política mais votada, sempre que desiste dos boicotes que só afectam as autárquicas, pouca coisa se pensarmos na AR.
Será o efeito Mano Mané, que inspira as vozes do Democrático à procurar acomodação para serenar os ânimos? Não sei. De resto o nome do candidato a terceiro vice-presidente não chegou a ser revelado, se seria da Zambézia ou Nampula ou, para uma machadada, de Sofala! É que aí já não parece uma questão aritmética. Mas dá para reflectir, se o Democrático não procura acalmar as ondas turbulentas, mas imperceptíveis (?), com Mano Mané a deitar mais achas para a fogueira, através da 24  de Julho.
Há que lembrar a discórdia que se instalou em Nampula na constituição de listas de candidatos antes das eleições do ano passado. O Democrático pode precisar de deitar muita água na fervura e um terceiro vice-presidente da AR, sairia como uma arma secreta.
Que o Mano Mané está a dar muito TPC ao Democrático, lá isso é verdade! Mas não se pode dizer que seja o calcanhar de Aquiles da liderança do Para Todos, seria exagero. Afinal todos os partidos têm as suas intestinais! Maldita Constituição e Regimento!... Mas tudo se ajeita.



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