[Mais achas para a fogueira]
Aritmética
de Mano Mané, pode agitar as
consciências lá na cúpula do Democrático,
o Movimento de… Para Todos, mas que se
diz ser para poucos. Isso de ser para poucos, pode ser má língua. Má língua, há
para tudo e todos, em todos os momentos.
Todas as
semanas capas de jornais, ora dizem que esta dança é exclusiva para execução daquele
e outro não dança da mesma maneira, ora o político fulano não se entende com
político sicrano, enfim, vão sendo criados, arquitectados é mais bonito, soa
bem, problemas, para criar desconfiança, onde a confiança se via florescente.
Obras de má
língua, até podem passar para vídeos e depois se discute se é ela ou não… Mas
isso é outra coisa, não parece o caso do Para Todos e Mané, o De Araújo.
Pela
insistência do Mané, que não se confunde com o finado do Ansumane, de Bissau, de
resto nunca houve nada semelhante, senão a magreza, se for, porque não vejo de
perto o Mano, passam anos, tirando as
imagens nos jornais e televisões, não há fumo sem fogo.
O Mano Mané, De Araújo, tem estado a
questionar a democraticidade lá no Movimento
e até discordou do que o Democrático
usou para justificar o desaire nas presidenciais, legislativas e na eleição
para as assembleias provinciais, tendo em conta as expectativas não só internas
mas também externas enquanto prevalecia Sadjunjira e as sondagens diziam o que
eram as suas conclusões, porque, de contrário, até amealhou um pouco lá na 24 de Julho.
Logo ele
disse que havia que assumir os erros cometidos, quando os outros, seus
correligionários, incendiavam a casa do adversário ladrão eterno – só eles
nunca roubaram nada, nem uma manga do quintal alheio quando eram crianças!
Queria o Mano Mané, voltando à vaca fria, que o chefe da bancada do Democrático fosse um deputado eleito
pelo círculo da Zambézia. Não conseguiu porque Chiveve é água que corre e Coco
cai e para se ver água é preciso parti-lo.
O que pode
ser estranho é que no mandato passado, salvo esquecimento meu, esta minha
cabeça cheia de preocupações até me pode provocar amnésia, não se ouviu nenhuma
voz, lá na 24 de Julho – talvez porque
o neto rejeitado do Dzovo não tinha
assento –, pedindo a existência do terceiro vice-presidente parlamentar, na
ideia de que o contrário seria exclusão.
Nada.
Formou-se a terceira bancada de oitos deputados sem nenhuma outra reivindicação,
diz-se com beneplácito da maioritária, contra a vontade da eternamente segunda
organização política mais votada, sempre que desiste dos boicotes que só afectam
as autárquicas, pouca coisa se pensarmos na AR.
Será o
efeito Mano Mané, que inspira as
vozes do Democrático à procurar
acomodação para serenar os ânimos? Não sei. De resto o nome do candidato a
terceiro vice-presidente não chegou a ser revelado, se seria da Zambézia ou
Nampula ou, para uma machadada, de Sofala! É que aí já não parece uma questão
aritmética. Mas dá para reflectir, se o Democrático
não procura acalmar as ondas turbulentas, mas imperceptíveis (?), com Mano Mané
a deitar mais achas para a fogueira, através da 24 de Julho.
Há que
lembrar a discórdia que se instalou em Nampula na constituição de listas de
candidatos antes das eleições do ano passado. O Democrático pode precisar de deitar muita água na fervura e um
terceiro vice-presidente da AR, sairia como uma arma secreta.
Que o Mano Mané está a dar muito TPC ao Democrático, lá isso é verdade! Mas não
se pode dizer que seja o calcanhar de Aquiles da liderança do Para Todos, seria
exagero. Afinal todos os partidos têm as suas intestinais! Maldita Constituição
e Regimento!... Mas tudo se ajeita.
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