tag:blogger.com,1999:blog-87133629261661614772024-03-03T16:26:10.586-08:00SILOSIKAGUMESILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.comBlogger36125tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-74653196244223282512021-07-28T03:50:00.003-07:002021-07-28T03:50:31.085-07:00AS CARTAS DE EDUARDO MONDLANE<h2 class="date-header">09/02/2012</h2>
<h3 class="entry-header">As cartas de Eduardo Mondlane</h3>
<div class="entry-body">
<p><strong>Por FRANCISCO MUIANGA</strong></p>
<p>Moçambique está a viver um momento interessante da sua história. Se,
por um lado, vão sendo publicadas obras, através das quais os veteranos
da Frente de Libertação de Moçambique dão testemunho, no seu modo de
interpretação da luta armada e factos a respeito desse evento, por
outro, o debate aquece, nem que seja para questionar se o cinquentenário
é da FRELIMO ou da Frelimo? Janeth Mondlane, viúva de Eduardo Chivambo
Mondlane, veio, numa entrevista à TV, com um facto interessante: ela
vai publicar as cartas escritas por Mondlane. E aí, penso, há-de ser uma
pena que esses escritos do Dzovo, se me permitem, nem todos em
português e daí ser uma obra sua tradução, não cheguem às mãos dos
interessados em lê-los antes de 25 de Junho de 2012.<br />Uma pena, por
quê? À partida, considero que vão despertar interesses não só dos
estudiosos, académicos, mas eventualmente de muita gente, incluindo
curiosos.<br />Sem querer, talvez, Janeth aguçou a curiosidade, que creio
ser de muitos, ao advertir que omitirá aspectos delicados do que
Mondlane escreveu (delicado é minha interpretação), a respeito de
pessoas ainda vivas.
</p>
</div>
<div class="entry-more">
<br />Mais avidez, de leitura, não provocaria a declaração da viúva de
Mondlane, se não dissesse que caberá, mais tarde, aos filhos divulgarem
as omissões, se for do interesse deles. Logo: as cartas abordam questões
profundas da Frente de Libertação de Moçambique, em que são
protagonistas Eduardo Mondlane e seus camaradas.<br />A viúva de Mondlane
não quer, compreendo assim, produzir polémicas, se bem que estas, quando
bem conduzidas, possam ser úteis: limam as arestas, ajudando os
leitores a ajuizarem melhor determinados factos. <br />Ela prefere omitir o
que escreveu quem já não existe na face da terra, a provocar reacções
inimagináveis dos vivos, cujos nomes constem das cartas — os mortos não
se podem defender nem contestar prováveis interpretações duvidosas dos
seus actos e seria complicado um debate entre estes e os vivos.<br />A
FRELIMO viveu momentos conturbados, um dos quais em 1968. Não será que
Mondlane escreveu sobre esse momento? Pode ser que sim. E a tê-lo feito,
a divulgação das cartas permitirá que se saiba o que ia na sua alma, se
os factos estão ajustados ao que se sabe ou não, como reagiu. <br />Mas
pode ser que nas próximas edições disso não saibamos, se as pessoas
ainda vivas, situação acautelada por Janeth Mondlane, forem referidas.
Seja como for, abre-se a possibilidade de se compreender Dzovo pelo seu
punho, as suas preocupações, as dificuldades de liderar uma Frente,
óbvias, se atendermos aos conflitos, seu assassinato e mais
acontecimentos que até aqui não apresentam a sua versão.<br />É uma parte
importante do cinquentenário da FRELIMO/Frelimo e arrisco-me a
considerá-la indispensável. Provavelmente a divulgação desses escritos
venha estimular outras iniciativas do género porque, certamente, se a
viúva de Mondlane guardou cartas, outras figuras envolvidas na luta
armada devem ter outros testemunhos escritos ou não de diferentes
intervenientes.<br />Os livros, dos poucos publicados, quer pelos
veteranos da guerra colonial do lado da Frente quer por outros
moçambicanos, vão revelando factos que tornarão mais sólida a história
contemporânea de Moçambique.<br />Quero contar um episódio: um dia, ouvi,
mas não estava sozinho, fazer-se uma referência a uma das tantas figuras
cujo percurso nas acções inscritas na procura de emancipação dos
moçambicanos tem sido descrita. Era uma versão diferente e quem falou,
introduziu um elemento extremamente forte, que era a proximidade,
vizinhança, com essa figura, embora com ressalva de diferença de idade.<br />Não
me causou espanto, porque, procuro pensar de forma crítica, fazer as
minhas interrogações, análises e tentativas de conclusões. Até então,
tinha lido poucas referências a essa figura, mas como se o divino me
tivesse ouvido, pouco tempo depois li sobre a tal figura três livros, de
autores diferentes.<br />Longe de mim está a intenção de julgar quem quer
que seja.”O julgamento: Quando julgamos muito severamente, estamos a
bloquear a nossa visão, deixando de enxergar as pessoas em toda sua
complexidade. Ninguém pode ser rotulado. Existem tantos lados, quanto
existem opiniões. É por isso que a mesma pessoa pode ser simpática para
uns e irritante para outros. Perceba então que na verdade você só vê uma
projecção de si mesmo no outro” — Arcano do Dia, dia em que iniciei a
escrever estas linhas.<br />Mas, essa referência e os outros livros que
li, o último dos quais com muitos detalhes, como se a obra fosse
dedicada exclusivamente a essa figura — na verdade o escrito tem
detalhes importantes sobre os eventos referentes à luta de libertação e
outros registados até 1974 —, permitiram-me construir um certo
conhecimento sobre a tal figura.<br />É por tudo isso que, com enorme
expectativa, acredito que o livro inspirado nas cartas de Eduardo
Chivambo Mondlane será interessante. Com omissões ou não, está em
perspectiva uma nova fonte da nossa história, que há-de ser de grande
valor para a compreensão de determinados factos.
<p>DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE – 08.02.2012</p>
</div><p> </p>SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-75842956297989132062020-06-11T05:51:00.004-07:002020-06-11T05:51:50.610-07:00O ERRO ESTÁ NO DDR OU NA MANUTENÇÃO DA RENAMO ARMADA?<div class="" dir="auto">
<div class="ecm0bbzt hv4rvrfc ihqw7lf3 dati1w0a" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id="jsc_c_k">
<div class="j83agx80 cbu4d94t ew0dbk1b irj2b8pg">
<div class="qzhwtbm6 knvmm38d">
<span class="oi732d6d ik7dh3pa d2edcug0 qv66sw1b c1et5uql a8c37x1j muag1w35 ew0dbk1b jq4qci2q a3bd9o3v knj5qynh oo9gr5id hzawbc8m" dir="auto"><div class="kvgmc6g5 cxmmr5t8 oygrvhab hcukyx3x c1et5uql ii04i59q">
<div dir="auto" style="text-align: start;">
Caro cientista político, qual é o futuro dos militares que não estiveram do lado da Renamo - as chamadas tropas do Governo - que foram mandados para casa em 1994? </div>
<div dir="auto" style="text-align: start;">
Parece que há um esforço muito grande para carregar a Renamo, em vez de ser desmilitarizada. </div>
<div dir="auto" style="text-align: start;">
Alguém tem ideia de quanto homens estiveram nas FAM que estão na miséria - o número supera de longe os 5. 221 e basta recordar que o exército teria 30 mil homens, metade dos quais das FAM e outra da Renamo. </div>
<div dir="auto" style="text-align: start;">
A partidarização do Estado ou não, não nos deve levar a manter o que é o principal erro: Renamo armada! É gravíssimo termos um partido armado!</div>
<div dir="auto" style="text-align: start;">
De resto, o que esperam os cientistas/académicos para convencer Mariano Nhongo a depor as armas?</div>
<div dir="auto" style="text-align: start;">
Quando Nhongo se entender com o Estado, virão a correr para apontar erro aqui, ali e acolá. A ciência antecipa-se, está na vanguarda e não a reboque.</div>
<div dir="auto" style="text-align: start;">
Afonso Dhlakama, em vida, não ligou a nenhuma intervenção de cientistas, que o criticavam e o chamavam ditador, fez e desfazer, matou até a doença o debilitar e vezes sem conta havia desmentidos de que ele não estava doente -a quando as pessoas próximas dele, disso sabiam e iam revelando a pessoas mais chegadas - e mais tarde os que os censuram mudaram de discurso - que pecado os moçambicanos que estão menos preocupados com a Frelimo e com a Renamo cometeram para se pretender arrastar o DDR em nome da ciência ou academia?</div>
</div>
</span></div>
</div>
</div>
</div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-38272760726057889962020-05-26T02:34:00.001-07:002020-05-26T02:34:35.011-07:00SILOSIKAGUME: QUEM TEM MEDO DE GUSTAVO MAVIE?<a href="https://franciscoamuianga.blogspot.com/2020/05/quem-tem-medo-de-gustavo-mavie.html?spref=bl">SILOSIKAGUME: QUEM TEM MEDO DE GUSTAVO MAVIE?</a>: Quem tem medo de Gustavo Maviel?* Mavie é livre de falar como quiser. De escrever também. O texto do confrade Marcelo Mosse, na sua Ca...SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-75825471333057459912020-05-26T02:30:00.001-07:002020-05-26T02:31:52.285-07:00QUEM TEM MEDO DE GUSTAVO MAVIE?<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Quem tem
medo de Gustavo Maviel?*</span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Mavie é livre de falar como quiser. De escrever também. O
texto do confrade Marcelo Mosse, na sua Carta de Moçambique, parece ser o que
ele nega a Gustavo Mavie. Não precisamos de concórdia: chama-se a tudo isso,
pluralidade de ideias. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Se Marcelo Mosse opinar como Mavie, então não se saberá
distinguir quem é Marcelo quem é Gustavo. Não se pode ter medo de academias.
Esse medo de criticar, que se calhar não seria do que Mavie pratica em relação
à Frelimo, levou a duas coisas: </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">I</span></b></span><span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">)O Ministério da Saúde proibiu, inicialmente, que
usássemos máscaras, dizendo que só deveriam usa-las os médicos e pessoas
doentes, e não nos deu alternativa, porque somente aceitava as recomendações da
OMS, sem procurar uma saída para a prevenção da doença do coronavírus senão a
lavagem das mãos, distanciamento social (mais tarde foram aceites máscaras de
pano, que já estavam a ser usadas em Angola);</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">II) O MISAU deixou que fossem implantados túneis de
desinfecção e tardiamente veio dizer que são inúteis e, mais do que isso,
constituem um risco à saúde humana.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Tudo isso, aceitámos
porque temos medo do que se fala em nome da ciência. Pensa-se que os
cientistas, incluindo os sociais, não falham, são o nosso Deus na terra, o que
não é verdade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Em Portugal, não passam muitos dias, foram tornados
públicos falsos casos positivos para a Covid-19. O alarme já soava.
Corrigiu-se. Quer dizer, os testes laboratoriais podem falhar, o mesmo que
dizer que os cientistas falham. A diferença é que as suas falhas nem sempre são
públicas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Se cada um fizer
as críticas no que lhe parece, num determinado campo, seja político seja
socioeconómico, e outros fazem-no em relação ao lúdico, cultura e outras
coisas, Moçambique é que ficará a ganhar. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Deixem-no ser como ele é: Luck Dube disse que se não tem
nada a dizer de bom acerca de alguém, o melhor é permanecer calado ( Shut Up). </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Qual é o problema de Mavie criticar os que critica (?),
qual é o problema de Marcelo Mosse criticar os que critica (?). </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Cada um tem as suas formas de viver os problemas na
sociedade moçambicana: há quem considere Afonso Dhlakama um herói, mas outros
consideram-no Homem da Guerra. Podemos discutir isso sem amarras.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Há quem queira Gustavo Mavie calado, para passear a sua
classe. A discussão é indispensável até para o crescimento intelectual. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Há quem considere as Universidades Moçambicanas um grande
Dumba Nengue; <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>outros, que saem dessas
universidades, aplaudem sem crítica essa maninha de sempre tabelar por baixo,
esquecendo-se que a expansão do ensino até à sua consolidação revelará
fraquezas e só a entrega dos professores e estudantes podem minorar esse
problema.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Gostaria de repetir, para os que me acompanham há anos, e
aos que por acaso vão ler este texto, o seguinte:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">“Em 1965, foi inaugurada uma universidade em Lourenço
Marques (…). No programa de ensino deste estabelecimento foram incluídas
unicamente faculdades de ciências sendo as letras e as humanistas (SIC)
totalmente desconhecidas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">No ano lectivo de 1966 ela foi frequentada por 403
alunos, sendo em seis o número de estudantes africanos, dois dos quais
estrangeiros.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Um facto digno de notar é que os filhos dos portugueses
muito abastados não são enviados para esta Universidade. Eles continuam a
frequentar as universidades em Portugal e na África do Sul. A razão que os leva
para lá são as seguintes.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">1.O diploma da faculdade de Lourenço Marques não é
reconhecida em Portugal.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">2.No caso de concorrência a um quadro, o «formado» em
Portugal tem sempre maior preferência. (o mesmo é o caso dos quadros formados
nas universidades da África do Sul);</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">3.A falta de faculdades, de modo que o aluno possa
escolher o curso em que estiver interessado.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">4.O baixo nível do corpo docente”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Os excertos podem ser consultados no livro de eli j.
e.mar, cujo título é “Exploração portuguesa em Moçambique, 1500-1973), na
página 194.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Seria admirável que a Universidade Eduardo Mondlane fosse
uma ou a mais robusta de Moçambique? Não. Logo: quando debates vários assuntos,
temos que buscar premissas verdadeiras. Não basta que um académico reconhecido
seja onde for, fora de Moçambique, diga umas coisas, para nós aceitarmos sem
nenhuma reflexão.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Dei o exemplo do MISAU.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Creio que se começarmos a discutir determinadas coisas,
vamos melhorar a nossa vida e até dendefer a nossa saúde. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Mais, voltando à vaca fria, os que combatem Gustavo Mavie
usam as armas que eles acham que não são as melhores – atacam Mavie, mas eles
dizem que Mavie é que tem o hábito de atacar a todos que criticam o regime.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;">Mavie acabou sendo mais importante do que me parecia,
pelo facto de o seu nome ter chegado à Assembleia da República. Lembraria o
Rogério Dinis, o MC Roger a cantar: «Falem bem ou mal de mim, mas falem de mim».
Deve ser esse o sentimento de Mavie por estas alturas: virou tema de discussão!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;"> NB: Não postava nada, faz algum tempo. Claro que continuo a escrever na minha coluna "FONTE", que sai à quarta-feira no Diário de Moçambique. Senti que vale a pena alargar o debate, porque se pensarmos que Mavie não tolera os outros, do que tenho estado a ler, a intolerância evidencia-se também entre os que o criticam, pelas palavras que usam e pelo sentimento de que, por emitir opiniões diferentes das deles, chegou a hora de pagar por ESSA OUSADIA, de pisar em terrenos "proibidos", na Assembleia da República. Nunca percebi que a crítica fosse vista como escrutinar porque a pessoa criticar pode-se defender ou o seu círculo está livre de o defender.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="oi732d6d"><span lang="PT" style="font-family: "times new roman" , "serif"; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: Broadway; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT;">Ataques armados no centro: da
urgência</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: Broadway; font-size: 16.0pt; mso-ansi-language: PT;">de editorais e mais pesquisa na
imprensa?</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Baskerville Old Face","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>[Jacaré do Ossufo Momade:
recomenda-se D. Jaime, em 2016, à Visão!]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: Broadway; font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: PT;">“Diabólico é
não percebermos os efeitos das crises no seio da Renamo, desde a era de Afonso
Dhlakama”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">I</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Manteigas Gabriel apela às FDS para matarem
Mariano Nhongo?</b>” Conheci-o como José Manteigas Gabriel, nome com que se
apresentou numa conferência de imprensa na cidade de Quelimane, nos finais da
década de 1990. Custa-me trata-lo doutra maneira. Mas estou a acostumar-me e,
por isso, escrevi Manteigas Gabriel. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">O importante
é que a frase interrogativa entre parênteses, foi o ensaio do título para este
artigo. Preferi o presente à primeira prova: pereceu-me, aquele, menos
amistoso, de revolta, embora pudesse reflectir o meu estado de espírito,
perante mortes de civis e de polícias, da forma mais brutal e absurda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">(…)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Achei
interessante um artigo, de uma publicação que se reputa a prática de jornalismo
assente na investigação: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Sem nenhum
‘atacante’ e muito menos provas factuais apresentadas publicamente, como tem
sido hábito, a Polícia da República de Moçambique (PRM) voltou a
responsabilizar os homens armados do maior partido da oposição, Renamo, de
serem os autores dos ataques que se têm registado na zona centro do país, em
particular no distrito de Gondola, província de Manica</b>”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Os excertos
constam de um artigo publicado no dia 8 de Novembro corrente. Não cito o órgão,
porque é de pouco interesse o fazer: está abaixo do que julgo importante discutir,
tendo em conta o título e o ensaio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">A fim de
facilitar a interpretação resumo: o autor da prosa e o próprio órgão que a
publica, não aceitam que os ataques sejam da autoria dos homens da Renamo,
contrariamente ao que a Polícia declara publicamente. Contestam o posicionamento
das forças do Ministério do Interior. Por quê? O texto exige que a PRM
apresente um atacante da Renamo e provas factuais publicamente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">O jornalismo
recomenda isso, é verdade. Mas torna-se intrigante quando José Manteigas
Gabriel, porta-voz da Renamo, nega que a violência armada esteja associada ao
partido Renamo e a publicação não exige nenhuma prova, mesmo após a declaração
da chefe da bancada, Ivone Soares, na Assembleia da República:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">‘ [A Junta Militar da Renamo] <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">É assunto de dentro de casa. É assunto da
nossa família. São os nossos parentes, nossos guerrilheiros e a Renamo, como
família, saberá resolver os problemas da sua própria família</b>’.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Esta
afirmação, pública, nada indicia? Estranho! A publicação não se preocupa com as
declarações de Manteigas Gabriel e de Ossufo Momade, sobre a existência de tais
homens, mas sim com provas factuais que devem ser apresentadas pela Polícia. A Polícia,
no entanto, não quer saber se os atacantes estão ligados a Mariano Nhongo ou a
Ossufo Momade. Privilegia aspectos virados para a segurança dos moçambicanos e
a liberdade de se deslocarem para onde quiserem em Moçambique, tendo como
referência que existe um partido armado no país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Curioso e
citando a mesma publicação, que se apresenta como cultora de informação
rigorosa, na edição de 11 de Novembro, Ossufo Momade disse [sábado], em
Quelimane: ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Se o Estado moçambicano
deixa que o jacaré cresça, já não é da responsabilidade de Ossufo Momabe’</b>.
Acrescentando: ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O Estado moçambicano tem
os seus serviços’ “ e a responsabilidade de esclarecer as questões de segurança</b>”.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">A PRM quer,
sim, inversamente ao discurso, que a Renamo, como partido político, trate dos
seus homens armados, fazendo jus à declaração, pública, da parlamentar Ivone
Soares: ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">São os nossos parentes, nossos
guerrilheiros e a Renamo, como família, saberá resolver os problemas da sua
própria família</b>’. Vejo a razoabilidade do posicionamento da Polícia nesse
sentido, parecendo em vão a discussão sobre provas factuais.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Um dos
factos: existe a Junta Militar da Renamo [não escrevo a autoproclamada Junta
Militar da Renamo porque, só para lembrar, em 2013, quando reiniciaram os
ataques a civis, Ossufo Momade falava de desmobilizados liderados por Hermínio
Morais “General Bobo”; a imprensa, de homens armados da Renamo; e, por fim, ala
Militar da Renamo – não será que a ala militar se autoproclamou e a comunicação
social, de forma simpática, aceitou todas as designações escolhidas pela Renamo
de Dhlakama?].</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">José
Manteigas Gabriel declara e a imprensa aceita a sua justificação, de que os
ataques não têm nada a ver com a Renamo, porque “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os homens da Renamo estão acantonados na Gorongosa, à espera da
reintegração</b>”. Li, até, que há homens que entregaram armas no Dondo e em
Nhamatanda: Gorongosa incorpora geograficamente Dondo e Nhamatanda? Falso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Outros
homens da Renamo disseram à imprensa que estavam estacionados em Muxúnguè, à
espera do processo de DDR, tendo garantido que não fariam ataques armados. O
deputado José Manteigas Gabriel está a dizer-nos que Muxúnguè não é Chibabava,
mas sim Gorongosa?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Quem tem
provas factuais das declarações de Manteigas Gabriel e de Ossufo Momade? Porque
é que não se exigem provas factuais aos dois, considerando as declarações de
Ivone Soares e as notícias sobre entrega de armas em Nhamatanda e no Dondo, e,
ainda, as informações de Muxúnguè? Talvez falta de rigor.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Quem
perguntou a Ossufo Momade, acerca do dono do jacaré que está a crescer?
Ninguém. Qual é o órgão que exigiu provas da existência do jacaré, fora da
Renamo? Não se conhece. Jacaré quer dizer Junta Militar da Renamo? Momade
deixou claro isso, quando se queixou de o Estado não ter usado a lei contra
Nhngo quando o ameaçou de morte. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Ele esquece-se
que ao falar de novo conflito, se forem validados os resultados eleitorais,
está a ameaçar os moçambicanos e se fosse questão de uso da lei, que a quer
accionada contra Nhongo, também seria contra ele. Se Nhongo ameaçou de morte
Ossufo Momade, uma pessoa, quando Momade fala de novo conflito armado, ameaça a
todos os moçambicanos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">II</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">José Manteigas
Gabrel faz uma declaração grave: ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Se as
Forças de Defesa e Segurança são incapazes de debelar este grupo</b> [‘da
autoproclamada Junta Militar da Renamo’], <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">então
não culpem a Renamo pelos ataques’</b>. Ivone Soares, porém, disse na
Assembleia da República que a Junta Militar é da Renamo. Se essa junta é o
jacaré, então, tem dono, que o deve abater, e ponto final!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Ossufo
Momade, sintonizado com Manteigas Gabriel, fala do “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">jacaré que o Estado</b>” não deve deixar crescer e exime-se de culpas,
mas Mariano Nhongo, quando apareceu publicamente, disse que a sua atitude era
por não reconhecimento do actual presidente da Renamo, eleito em Gorongosa, no
início deste ano.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Ossumo
Momade e José Manteigas Gabriel querem que as forças do Estado matem Mariano
Nhongo e o seu grupo. Não percebo outra coisa das declarações de ambos. A
sociedade moçambicana lembra-se do que se dizia sobre Afonso Dhlakama perante
actos de violência?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Vale
recordar, por isso, que no reinício dos ataques armados, houve a tendência de
que as FDS estavam mal treinadas. Di-lo Afonso Dhlakama e a imprensa aceitou,
sem questionar essa versão. Quando as FDS atacavam [em contra-ataque] os homens
da Renamo, a imprensa veiculava outros supostos sentimentos: a pretensão dos
inimigos da paz e democracia era de assassinar Dhlakama. Falava-se da “solução
angolana”. Dom Jaime Gonçalves chegou a acusar Filipe Nyusi de ter ido a Angola,
para aprender como matar Dhlakama. </span></div>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Citado pela “Visão”, Dom Jaime Gonçalves declarou: ‘Foi para mim uma
humilhação terrível o Presidente de Moçambique [Filipe Nyusi] ter ido a Angola
aprender como mataram Savimbi’. Quem exigiu provas factuais a Jaime Gonçalves,
de que Nyusi tinha ido aprender como foi morto Savimbi para fazer o mesmo com
Dhlakama? </span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">O artigo foi escrito pela agência Lusa e a publicação “Visão” fez a sua
divulgação na edição de 19 de Fevereiro de 2016. Assina o texto, Pedro Silva
Bandeira, da agência Lusa, referindo</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">: </span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="color: black; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“</span><span lang="PT" style="color: black; font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: normal;">Numa rara entrevista, D. Jaime Gonçalves,
arcebispo emérito da Beira, defende que é tempo de a Igreja Católica se
envolver outra vez no processo político moçambicano e travar um suposto plano
para eliminar o líder da oposição, Afonso Dhlakama”</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">.</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;"></span></h1>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Uma tentativa de interpretação das declarações de Dom Jaime Gonçalves, em
relação ao finando Dhlakama, analisando, por equiparação, as declarações de
Manteigas Gabriel, segundo as quais ‘ </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Se as Forças de Defesa e Segurança são incapazes de debelar este grupo [da
autoproclamada Junta Militar da Renamo], então não culpem a Renamo pelos
ataques</span></b><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">’, e de Ossufo Momade, de Estado não deixar ‘<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">que o jacaré cresça</b>’, leva à seguinte
conclusão:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Ossufo Momade, presidente da Renamo e o porta-voz do
partido, José Manteigas Gabriel, querem que as forças do Estado matem o líder
da Junta Militar da Renamo, Mariano Nhongo, e os seus apoiantes. A acontecer
isso, depois mudariam de discurso e passariam a falar de pessoas que não querem
a paz. Associado a isso, pode haver recrudescimento de mortes de civis.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">A imprensa, podendo não ser no seu tudo, por falta de
análise e devido a outros interesses, dos quais não se excluiu a forma como
olha para o Governo e para o próprio partido Frelimo, aparentemente apoia as
pobres [não gosto de adjectivos, mas em determinados momentos são inevitáveis]
justificações de Ossufo Momade e de José Manteigas Gabriel sobre ataques
armados no centro do país [áreas de Manica e Sofala, na N6 e N1].</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Escrevi várias
vezes, que Dom Jaime Gonçalves tinha ressentimentos com a Frelimo. Mas, acima
de tudo, nem sempre manifestou a lucidez necessária, isso agravado pelas
naturais dificuldades de pensar, de forma isenta, em tempo de conflito. De
manhã – passe a expressão – podia declarar que a Renamo e Afonso Dhlakama não
têm razão, mas ao cair da tarde mudava de discurso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Vele o seguinte
(primeiro exemplo): “Dom Jaime considera de ‘ilegítimas’ as reivindicações da
Renamo em renegociar o AGP por se tratar de um grupo de cidadãos e não uma
Nação. Diz não haver espaço para renegociação do AGP” (Savana, de 7 de Outubro
de 2011, p.2). “Dom Jaime aconselha Renamo a ir à constituição da República”
(p.1). Dhlakama se zangou: “Não preciso de religiosos para perceber o valor da
Paz” (p.1).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Outro dado
(segundo), em entrevista à “Visão”, em 2016. ‘Foi para mim uma humilhação
terrível o nosso Presidente da República, o máximo magistrado da nação, ter ido
a Angola aprender como mataram Savimbi [referência a uma controversa declaração
do actual chefe de Estado, Filipe Nyusi, proferida em Novembro, em Luanda,
quando apontou Angola como um exemplo de um país onde a oposição não anda
armada]”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">A compreensão
do último exemplo, passa por ler toda a entrevista concedida à “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Visão</b>”, que não a transcrevo. Não
saberia dizer se declarar que Angola é exemplo de um país onde a oposição não
anda armada é controverso ou não. Mas posso perguntar: é polémico dizer que em
Portugal, São Tomé e Príncipe, Brasil, África do Sul, Namíbia, Zimbabwe
[Zimbabwe é exemplo de crises], Guiné-Bissau [com eternas crises] e outros
países os partidos não andam armados? Não percebo. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Por tudo isso, sinto-me impelido a repetir o que Anabela
Gradim escreveu no manual de jornalismo:</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"> <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">“O jornal não só serve para relatar de forma isenta factos e
acontecimentos, pode e deve pronunciar sobre esses factos, tentando extrair
deles o seu real significado, as relações que estabelecem com outros acontecimentos,
e as consequências que poderão vir a ter na vida das pessoas”.</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;"></span></b></div>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Pano de fundo: há ou não relação ataques armados a civis no centro de
Moçambique, com a crise no seio Renamo chefiada por Ossufo Momade e a
existência de homens por desmobilizar, reintegrar e desarmar, incluindo os da
Junta Militar liderada por Mariano Nhongo? As leituras que foço mostram que
sim, há relação.</span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Estas questões são mais importantes do que aceitar ou negar as versões de
Ossufo Momade/José Manteigas Gabriel, PRM ou Mariano Nhongo. Há que extrair o
real significado da crise na Renamo e relacioná-la com outros acontecimentos,
cujas consequências são evidentes: morte de civis e danificação de bens de
privados, mortes de polícias e destruição de bens do Estado. Parece estar claro!</span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Pode ser que, novamente, a Igreja, tenha de se envolver no processo
político moçambicano, mas, desta vez, para aproximar Ossufo Momade e Mariano
Nhongo, salvo se concordar com a ideia do deputado da Renamo, de o Estado matar
Nhongo.</span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Desde 2012, quando do caso da Rua dos Sem Medo, o que percebo é que a
imprensa enfrenta imensas dificuldades na elaboração de editorais, sobretudo, e
de outras opiniões, de modo frio, para orientar a sociedade. </span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Quando os leitores “</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">esperam</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">” que os jornais emitam “</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">opiniões e
orientações rigorosas e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fundamentais</span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">”, sobre o tipo de violência que
se repete no centro de Moçambique, são desorientados, através de discursos
difusos, de questionamentos parciais, como fiz questão de exemplificar. O que é
isso de a imprensa aceitar, passivamente, que Ossufo Momade fale do “jacaré”
que está a crescer. Qual é o habitat do jacaré? Quem é o dono do jacaré?</span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">O presidente da Renamo deveria ser confrontado, no sentido de explicar
quem é e onde está o jacaré, se não for da Renamo? Mas o que se lê são os
eternos ataques à Polícia, mesmo quando esta não tem culpa no cartório. É
lícito a imprensa responsabilizar as Forças de Defesa e Segurança por
desavenças, públicas, da Renamo, de que resultam ataques a civis? O pior é que
quando as forças do Estado agirem, a imprensa voltar-se-á contra elas.</span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">Uma explicação parcial revela que há não poucos profissionais que não se
lembram do que escreveram sobre vários assuntos e, em particular, acerca da
violência envolvendo a Renamo. Até não sabem quais foram os resultados das
eleições de 2009 para as comparar com as de 2019. Não estou a falar de erros,
pois,<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> “</i></span><em><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-style: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Errare humanum est</span></em><span class="st"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">, </span></i></span><span class="st"><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">perseverare
autem diabolicum<i style="mso-bidi-font-style: normal;">”</i></span></span><span class="st"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;"> </span></i></span><span class="st"><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">[Errar é humano, mas perseverar no erro é diabólico].</span></span></h1>
<h1 style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="st"><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;">É diabólico não perceber que as crises no seio da Renamo
asfixiam a paz – ainda que existam tantos e tantos problemas, quer gostemos
quer não gostemos do Governo, da Frelimo e, por fim, de Moçambique. Não se pode
andar a brincar às falsidades do José Manteigas Gabriel, do Ossumo Momade e
seus jacarés, porque, dessa maneira, adiamos tudo e semeamos mortes e
destruições. Não é aceitável nem razoável a “nossa” cegueira.</span></span><span lang="PT" style="font-size: 11.0pt; font-weight: normal; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-weight: bold;"></span></h1>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-78755704316944373792019-08-22T04:10:00.001-07:002019-08-22T04:10:46.522-07:00MARIANO NHONGO<br />
Mariano Nhongo está a fazer das suas. A deputada Ivone Soares declara: É assunto de dentro de casa, é assunto da nossa família.<br />
Lembra aquela: Dhlakama sempre ameaça. Não há-de fazer nada. Pode viver onde quiser, em qualquer ponto de Moçambique.<br />
Leio Raul Domingos a consifderar que a Renamo foi mais enganado.SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-44811886740745914762017-10-25T02:10:00.002-07:002017-10-25T02:10:28.237-07:00Chimwenje, Young Pioneers e Al Shabab<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">Chimwenje, Young Pioneers e Al
Shabab</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">[Tudo problemas internos do
partido Frelimo?]</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 16.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">I</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Estarrecido.
Dá para ficar. A facilidade com que selamos, como uma verdade, o que os
políticos dizem, lembra-me o </span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">serial journalist</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"> (1998:65), descrito por Furio
Colombo, escriba italiano autor da obra “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conhecer
o Jornalismo Hoje: Como se Faz a Informação</b>”, livro emprestado a um amigo
ou colega que, indubitavelmente, não merece mais a minha confiança, quanto ao
respeito por bem alheio, pois não mais mo devolveu. “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Como nasce uma notícia</b>” é o propósito da referência a Colombo.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Talvez
mesmo, o caso de entrevista: “ […] <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">um
instrumento imperfeito e raramente credível, em que o risco de [o entrevistador
ou jornalista] ser usado é tão grande quanto o risco de usar o entrevistado</b>”
(p.85). Esta observação de Colombo faz parte da abordagem “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A entrevista</b>”. Mas se dissesse que isso permite ler a entrevista
concedida por Afonso Dhlakama ao </span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Savana</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"> (20
de Outubro de 2017, p.1, 2 e 3), estaria próximo ou distante do enquadramento?
Que o leitor tire as suas conclusões.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Por
falar de italiano, lembro-me do Kamal. Veio, em Maio de 1994, ao Aeroporto
Internacional de Roma para nos transportar num pequeno carro até ao Hotel
Astrid, defronte do Largo Antoni Sarti. Estava com colega Fernando. Íamos ao “ <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Traning Course for Professionals
Journalists from New Democracies”</b>. </span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">“Don’t
sleep Francisco!...”, era o que dizia Kamal (Bahar Kamal, salvo erro), vendo-me
a dormir no carro, quando, em situação normal, estaria a apreciar a cidade de
Roma. Pela primeira e, até aqui, a única vez, pisava aquela capital que acolhe
o Estado do Vaticano. Mas a sonolência me dominava, de sorte que por mais
vontade que tivesse de manter os olhos abertos, não conseguiu. Por quê?</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Esta
coisa de a LAM alterar datas ou atrasar voos, não é de hoje. Passei por isso
naquele ano e outros anteriores e seguintes. A minha viagem acabou por começar
numa manhã, manhã de espera no Aeroporto da Beira até à tarde, quando
finalmente aterrou um boeing da chamada “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">nossa
companhia de bandeira</b>”. Cheguei a Maputo quando o avião da Air France estava
prestes a partir. Já se movimentava a escada e travei uma discussão azeda,
porque há quem me quisesse atribuir responsabilidades, afirmado: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O senhor deveria ter chegado a Maputo
ontem…”</b></span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Engano!
A LAM era a culpada porque nesse “ontem” a companhia não fizera o voo marcado.
Pior, ainda, é que no dia seguinte, fê-lo com bastante atraso, para passageiros
que iriam fazer ligações para Joanesburgo, pois os de Lisboa estavam numa situação
tranquila, porque a partida era a noite. Fui o último a embarcar na aeronave da
Air France.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Cheguei
a Paris cerca das 8:00 horas do dia seguinte e quando desembarquei em Roma,
estava cansado e cheio de sono. O “don’t sleep Francisco”, repetido várias vezes,
até Hotel Astrid, não era atendido. Outra recomendação de Kamal, depois de
receber as liras para a minha subsistência: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Don’t spend all your</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">money…</b>”</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Se
no primeiro caso tive que confessar, correcto ou não, “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">I’m so tired</b>” [estou tão cansado], no segundo, só me pus a rir. Era
já um trintão, embora aos olhos de Kamal pudesse parecer mais novo do que era
na realidade. Não ia gastar todo o dinheiro, com certeza. Até economizei e
esqueci de cambiar umas liras que, com o tempo, se perderam ou estão guardadas
onde já não sei! </span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Kamal
foi quem nos mostrou, primeiro, parte de Roma. O resto descobrimos. Ele
explicou que usava um carro pequeno para conseguir circular naquela cidade com engarrafamento
que não lembrava nenhuma urbe moçambicana em 1994. Creio que a cidade de Maputo
até hoje não chega aos níveis de congestionamento “romano”.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Compilou-se
um manual com as divisas do jornalismo: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Tell
the Truth</b>”. Esta é uma delas. Essa verdade de difícil decifração (?) deve
ser procurada, por jornalistas, em princípio, como atitude profissional
incontornável e como uma bússola. </span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Mandaria
um abraço ao Kamal. Porém, ele, mesmo se estiver vivo 23 anos depois, não
haveria de ter acesso a esta prosa como, outrossim, estou convencido que até
colegas do curso, um angolano, um etíope, um malawiano, dois eritreus, dois
ugandeses e dois tanzanianos, sobre Fernando me abstenho, talvez não. Por quê?</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Durante
o curso destinado a profissionais de jornalismo das novas democracias
africanas, ficou evidente que a África é lida a partir da visão ocidental [as
notícias fazem o curso um país de África-Ocidente- vários países africanos, a
partir do Primeiro Mundo] e, por isso mesmo, as notícias do continente reportadas
preferencialmente informam sobre guerras, fome, miséria, enfim, reportam males.
Ninguém estaria interessado em um escrito como este, embora, se calhar, a
referência ao Al Shabab possa despertar atenção. Até os malawianos devem não se
recordar do seu grupo Young Pioneer!</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Por
esse lado entro, quando procuro ler a violência e o surgimento de grupos sobre
os quais não se tem uma explicação clara em Moçambique, o bastante, dois dos
quais mataram: Chimwenje e supostos membros do Al Shabab. O terceiro, Young
Pioneers, mas o primeiro conhecido cronologicamente, entrou em Moçambique,
existiu, supostamente ou não, saiu ou desapareceu sem provocar derramamento de
sangue e, quiçá, nem prisão.</span></em></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<em><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">II</span></b></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">De
repente, ocorreu o que os moçambicanos nunca tinham ouvido falar durante a
Guerra dos 16 Anos. Um grupo, denominado Young Pioneers, do Malawi, estava no
país. A notícia referia que entrou em Moçambique “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">depois de confrontos com as forças armadas do Malawi</b>”, constituindo
um batalhão “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">acomodado numa base da
RENAMO no distrito de Milange, na Zambézia, alegação que foi desmentida pelo
movimento liderado por Afonso Dhlakama</b>” (</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">, de
12 de Janeiro de 1994, p.1). </span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">O
Malawi pedia o repatriamento desses “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">jovens
pioneiros</b>”, integrando mil homens ligados ao partido do Hastings Kamuzu
Banda, que, no mesmo ano, através das eleições, foi sucedido por Bakili Muluzi.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Os
Young Pioneers não parece terem disparado armas no território nacional, que
provocasse instabilidade em Moçambique, até ao seu desaparecimento, não sei se
documentado ou não. Acerca deles pouco se sabe. Mas vale a pena referir que o
jornal </span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">The Monitor</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">,
daquele país, escreveu na sua edição de 11 de Abril de 1994: “ <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">They will only retur on Tembo’s
orders-Renamo: MYPs Ok In Mozambique</b>” (</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">, de
26 de Abril de 1994, p.16).</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">O
texto refere que eles “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">estão bem instalados
e regressarão ao Malawi logo que sejam solicitados pelo</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">senhor John Tembo (ministro malawiano do
Estado</b>)”, atribuindo-se esta declaração a um oficial da Renamo identificado
como sendo Alberto Carlos, o qual explicou: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Nós tomamos cuidados deles porque nos assistiram nos momentos difíceis
da nossa guerra</b>”.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Carlos
também, de acordo com a tradução do texto do trissemanário </span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">The Mirror</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">,
publicada no </span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário
de Moçambique, </span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">acrescentou: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eles cederam-nos instrutores treinados por
israelitas para formarem elementos da RENAMO. Inclusivamente tivemos
oportunidade de treinar os nossos homens em Mount View Military, no Malawi</b>”.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Esta
é a primeira questão sobre a presença em Moçambique, em determinados momentos,
de homens armados, estrangeiros [os armados moçambicanos, podem não ser
conhecidos numericamente, são uma referência suis generis da democracia] sem
uma explicação muito bem dada, não sendo de admirar os supostos integrantes do
Al Shabab em Mocímboa da Praia ou qualquer outro lugar do território nacional.
Lembrar que estrangeiros ilegais atravessam diariamente as fronteiras
moçambicanas, seria salutar.</span></em></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<em><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">II</span></b></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Uma
vez ultrapassada a questão dos Young Pioneers de Hastings Kamuzu Banda, surge a
grave problemática do grupo designado Chimwenje. Assinala-se que Joaquim Chissano
e Afonso Dhlakama assinaram o Acordo Geral de Paz em Roma, Itália, sem nunca se
ter falado desses homens armados zimbabweanos, que aterrorizaram parte da
Estrada Nacional nº1 e regiões de Manica.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Para
surpresa de parte dos moçambicanos, publica-se um artigo sob o título “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Exigindo dinheiro e não</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">só…:Rebeldes Zimbabweanos assassinam em
Dombe</b>”. «<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Três pessoas foram mortas
quando, recentemente,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>um grupo de
rebeldes zimbabweanos “Chimuenjes” atacou uma unidade moageira, na sede do
posto administrativo de Dombe, distrito de Sussundenga, na província de Manica.</b></span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Xavier Johane Moiane e Matias
Mute são duas das três vítimas e as mortes tiveram lugar após os “Chimuenjes”
terem exigido dinheiro e comida a trabalhadores de uma moagem na sede de Dombe</span></b></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">»
(</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">,
de 4 de Abril de 1995, p.16). </span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Porque
em anteriores ocasiões, quando contestava a retórica de que Moçambique passou
20 anos sem disparo de armas, sobre o grupo Chimwenje escrevi, farei um pequeno
resumo, incluindo as suspeições de ligação rebeldes-Renamo, os pronunciamentos
de Afonso Dhlakama acerca do assunto e as cautelas de Chissano em 1996.</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Atribui-se
a Dhlakama, num encontro com Chissano, em que debateram “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">últimos desenvolvimentos</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">políticos</b>”,
a afirmação de que “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">se houver algum
homem da Renamo envolvido nos incidentes, estará a fazê-lo a título pessoal e,
por isso, deve ser tratado criminalmente</b>” (</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">, de
17 de Novembro de 1995, p.1).</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">O
mais grave é quando se escreve: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Terror
instala-se na EN Nº1</b>”. “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Um morto,
três feridos e muito dinheiro roubado, constituem o balanço preliminar do
assalto à mão armada verificado cerca das 2.00 horas da manhã de ontem a dois
autocarros da empresa Virgínia e a um camião, no espaço entre Muxúnguè e Rio
Búzi, distrito de Chibabava, na província de Sofala</b>” (</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">,
de 10 de Janeiro de 1996, p.1).</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">O
lado interessante é que os assaltantes afirmavam: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Vocês que andaram a votar em Chissano e na Frelimo vão pagar caro pela
vossa escolha. Porque é que não votaram na Renamo e em Afonso Dhlakama?</b>”</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Este
assunto chegou à Assembleia da República e pode ter sido discutido entre
Moçambique e Zimbabwe (</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">, de 19 de Janeiro de 1996,
p.1). </span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Curioso
é que, mudando do entendimento inicial, Dhlakama considerou depois que se trata
de manobras da Frelimo, “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">através de
grupo de moçambicanos preparados na cidade da Beira e com retaguarda segura no
distrito de Nhamatanda</b>” (</span></em><em><span lang="PT" style="mso-ansi-language: PT;">Diário de Moçambique</span></em><em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">, de 20 de Janeiro de 1996,
p.1).</span></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">O grupo Chimwenje<i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>foi introduzido em Moçambique em 1983 e
treinado pela Renamo, reagindo à presença de militares zimbabweanos no país (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Moçambique</i>, de 28 de Fevereiro
de 1996, 1e 16). Esta “revelação” é feita por Cristopha Makwame, tido como um
oficial Chimwenje capturado pela Polícia (p.16).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Chissano vai
à Assembleia da República e explica:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O legado da guerra recente aconselhou-nos
calma, ponderação e bom senso no tratamento deste tipo de assuntos.</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Neste sentido, em vez de entrarmos em acções de repressão
generalizada e provocar convulsões desnecessárias, decidimos enveredar por uma
acção selectiva, minuciosamente estudada e direccionada a objectivos bem
identificados e delineados com vista a não deixarmos escapar os elementos
nocivos, incluindo os ditos chimwenjes ao mesmo tempo que evitamos que pessoas
inocentes sejam sacrificadas. Continuaremos a proceder desta maneira até onde a
prudência aconselhar e os interesses nacionais os ditarem”</span></b><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;"> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Moçambique</i>, de 1 de Março de
1996, p.1)</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Talvez o
mais relevante, seja o excerto:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Com a condenação, anteontem, de sete elementos
do grupo em que somente um, Luck Mulombo, é zimbabweano, a penas de dois a 16
anos de prisão maior por mercenarismo e rebelião armada, chegou ao fim o longo
julgamento do caso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">chimwenjes</i>, que
vinha decorrendo há cerca de quatro meses no Tribunal Judicial Provincial de
Manica (TJPM), na cidade de Chimoio</b>” (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário
de Moçambique</i>, de 7 de Setembro de 1996, p.1)</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<em><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">III</span></b></em></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<em><span lang="PT" style="font-style: normal; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;">Posto
tudo isso, de forma resumida, mesmo não se tendo falado do caso Vega 5, não
parece razoável que fiquemos admirados com supostos integrantes do Al Shabab.
Também ninguém se deve deslumbrar com as declarações atribuídas a Afonso
Dhlakama, tais como </span></em><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">os atiradores de Mocímboa da Praia são
todos jovens locais, que conhecem com precisão a geografia do local</b>”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Se gostasse de especular, poderia concordar parcialmente
com o entendimento de Dhlakama, de que os ataques a Mocímboa têm “cunho político”
e “não há estrangeiros a manipular as metralhadoras e catanas”, mas,
inversamente, lançando um olhar sobre quem sairia beneficiado com essa
desordem, tendo em conta o mesmo momento político sobre o qual assenta a
conclusão do presidente da Renamo.</span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-font-style: italic;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Dhlakama
estranha que os ataques tenham iniciado depois da evolução das negociações entre
o governo e a Renamo, e o Presidente Filipe Nyusi ter saído com autoridade
reforçada no congresso da Frelimo terminado a 2 de Outubro. “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A minha inteligência em Mocímboa da Praia
falou-me que (os ataques) são problemas internos da Frelimo</b>”, disse Afonso
Dhlakama, em contacto telefónico, a partir da Gorongosa. É isso que se reporta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Para ele é
pouco provável que os atacantes sejam radicais, tal como tem sido noticiado. Para
mim, o que é pouco provável é a Frelimo ter um problema interno de que resultem
ataques do género. Mas, suporto a minha objecção no que tem marcado o processo
político moçambicano e, no caso, dei os exemplos de Young Pioneers e grupo
Chimwenje. Se quisesse, poderia arrolar mais elementos. Reputo de conclusão
forçada, senão mesmo preguiçosa, a de que quem atacou e aterrorizou Mocimboa da
Praia visava embaraçar Filipe Nyusi (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Savana</i>,
de 20 de Outubro de 2012, p.1).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">As questões de
defesa e segurança em Moçambique têm falhado de tal sorte que o próprio Afonso
Dhlakama tira proveito disso. Somente num país assim é que conseguiu se rearmar
em 2012, provavelmente com um plano bem estudado desde que se fixara em Nampula
em 2009. Já entraram estrangeiros do Malawi, estes até de forma recorrente
perturbam Niassa, e zimbabweanos, com armas. Outros não, por quê? Não invento
nada. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">O historiador
Michel Cahen escreveu que os quadros da Renamo, em 1994, durante a campanha
eleitoral, garantiram a Afonso Dhlakama que tudo estava bem e que só não
ganharia as eleições se houvesse fraude, escondendo a verdade no terreno.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Dhlakama agora
afirma: “ <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">[…] com base naquilo que a
minha inteligência me informa como líder, isso é um problema interno da Frelimo.
São alguns chefes no seio da Frelimo que não estão a gostar das negociações
entre Dhlakama e Nyusi, porque estas negociações podem pôr termo ao conflito
[…]”</b> (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Savana,</i> de 20 de Outubro de
2017, p.1). </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">Parece,
insisto, que a conclusão é forçada. Mas o que é de substância é que o diálogo
permita o fim do conflito em causa e doutros conflitos que se registam mesmo
depois da assinatura do Acordo Geral de Paz. De Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama
espera-se que viabilizem isso, mas a versão da <i style="mso-bidi-font-style: normal;">inteligência da Renamo</i> sobre Al Shabab deixa muitas dúvidas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-53265752305547373522016-08-03T05:12:00.002-07:002016-08-03T05:12:46.969-07:00CONTIVE AO DOCENTE CHACATE<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">Falar
da história é saber</span></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">[Existe
docente Chacate?]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Semana passada, estava
sentado, à noite. Uma apresentadora de televisão disse que quem quisesse falar
dever-se-ia apresentar. Boa ideia. Vai daí que um moçambicano, creio, disse que
se chamava Chacate ou Chocate ou coisa assim. Estaria tudo bem se não tivesse
acrescido a isso a sua profissão: docente. A partir daí a coisa muda de figura.
Só ensina quem sabe. De contrário, engana seus alunos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Na verdade, o problema do
docente é de ter dito que violência se deveu a um Presidente. Deixou de pensar
por si e foi erradamente influenciado por outro que tinha afirmado que se
correu para as eleições, sem que se acautelasse o que poderia acontecer no
futuro em 1994.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por isso e para que Chacate
e outros conheçam melhor Afonso Dhlakama, gostem ou não que escreva isso em
relação às eleições, transcrevo o seguinte: “Irmãos da Frelimo andam nervosos”.
É comentário de Dhlakama, na edição de 18 de Maio de 1994. O texto diz:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“O presidente da RENAMO,
Afonso DHLAKAMA (o nome Dhlakama vem em maiúsculas na primeira página) disse
ontem em Maputo que os nossos irmãos da Frelimo têm andado muito nervosos de há
um mês para cá.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Segundo Dhlakama, tal
nervosismo deriva dos problemas que se estão a enfrentar no processo de
pacificação do país: ‘Há problemas na formação das nossas forças armada’.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Para a RENAMO, de acordo
com o seu líder, ‘não há tempo para se formarem 30 mil homens antes das
eleições de Outubro’. Na sua opinião, nesta primeira fase devem ser formados
‘apenas 15 mil homens, ficando os restantes em férias durante três meses. O
Governo não partilha dessa opinião.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Afonso Dhlakama deixou
ontem Maputo para Marínguè, onde está a sede do movimento, donde partirá para
Quelimane, a fim de se reunir com dirigentes distritais da RENAMO das
províncias de Nampula e Zambézia, as mais populosas do país.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dhlakama disse a
jornalistas em Maputo que deverá visitar as províncias de Sofala e Manica –
onde se crê o movimento possua fortes bases de apoio, no próximo mês de Junho”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dhlakama acusava a Frelimo de ter
no seu seio pessoas que, por terem vivido bem durante a guerra não viam com
bons olhos o fim do conflito, em entrevista publicada pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Moçambique</i>, na edição de 3 de Janeiro de 1994. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“ (…) Reparem que o Presidente Chissano já há
meses que me promete um gabinete de trabalho em Maputo, mas até hoje quando me
desloco à capital do país, sou forçado a trabalhar na residência que me está
destinada. Isso é só um exemplo”, palavras atribuídas a Dhlakama.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O semanário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Domingo</i> questionou no dia 2 de Janeiro, através de uma entrevista a
Teodato Hunguana, então ministro do Trabalho e um dos membros da Comissão de
Supervisão e Controlo (CSC) do Acordo Geral de Paz (AGP), a irreversibilidade
da paz alcançada em Outubro de 94.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hunguana declara, sobre se a paz
era irreversível ou não, que “há pontos de interrogação tão preocupantes,
angustiantes, tão inquietantes, mas, de facto, temos razões para estarmos
preocupados porque o processo ainda não provou a sua irreversibilidade”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ele considera mesmo, nessa
entrevista, não ser impossível o retorno “a uma situação extremamente
complicada neste país. Pelo menos mantêm-se todos os factores que permitem esse
retorno”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Quais seriam, na perspectiva de
eleições marcadas para Outubro de 1994, as preocupações que poderiam reconduzir
o país a uma situação extremamente complicada? Ele aponta, na entrevista, os
seguintes aspectos:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 35.7pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -17.85pt;">
<span lang="PT" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Atraso
de mais de um ano no processo de acantonamento de guerrilheiros e tropas
governamentais, daí considerar que estava a ocorrer um acantonamento simbólico.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 35.7pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -17.85pt;">
<span lang="PT" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
acantonamento dos 80 mil homens previstos, iniciado em finais de Novembro de
1993, até 24 de Dezembro do mesmo ano tinha abrangido 24 mil efectivos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 35.7pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -17.85pt;">
<span lang="PT" style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Presença
em Moçambique do grupo malawiano Young Peeners, que serviu de base de
sustentação da Renamo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Tais inquietações levam-no a
concluir que sem que fosse alcançado o momento-chave, o acantonamento dos 80
mil homens, o país corria o risco de realizar eleições num clima de
intimidação, violência directa ou psicológica, podendo o todo o processo ser
condicionado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hunguana considera o optimismo
como vontade de realizar as eleições [de qualquer maneira], quando até
subsistiam questões tais como de desmantelamento das forças irregulares.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Parece que havia uma vontade, do
lado da Renamo, se calhar indomável, de realizar as eleições em Outubro de
1994. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Afonso Dhlakama acusava Frelimo
de pretender adiar as eleições de Outubro de 1994, para limpar a sua imagem de
marxista.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Já deixei expresso nesta espaço
que não escrevo o que não esteja documentado sobre esse assunto que considero
gravíssimo. Com muita pena vejo concidadãos meus que aparecem nas televisões
usando títulos académicos para credibilizar as suas intervenções, contrariando
as regras académicas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Se nós quisermos discutir a
questão de paz, não podemos apenas pensar que é puramente uma questão de ter
espaço na televisão. Se queremos a paz, não vale a pena mentir.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O mais grave é que nas nossas
televisões estão nossos filhos/netos que nunca procuraram ver o que aconteceu
antes e depois são enganados pelos seus professores como o tal de Chacate ou
Chocate e outros. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Quem quiser falar, antes deve se
preparar. De contrário, vai fazer mal ao seu país. Eu não tenho vergonha de
escrever que há quem esteja a fazer mal ao país, mas infelizmente tem apoio de
pessoas que nunca se preocuparam em ver o antes.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt 362.1pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">A história não é uma
invenção. Documenta-se. Outra coisa seria tagarelice. Afonso Dhlakama sempre
pressionou e nunca, ao longo do tempo, deixou de se servir da ameaça de guerra.
Não estou a falar da minha opinião, mas sim do que está documentado. A paz
precária, senhor Chacate ou Chocate, não tem nada a ver com um tal Presidente,
porque, se assim fosse, Dhlakama não estaria a fazer violência em 2016.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt 362.1pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Estou com muita pena dos
seus estudantes, que têm à frente um opinante e não um professor que usa a
ciência, porque uma coisa é opinião e outra é conhecimento científico, mas
quando se fala de ciências sociais e políticas. Ser docente é diferente de ser
alguém que expressa a sua opinião. Só se ensina a verdade. A mentira é coisa da
rua, de “tchungamoyo”, de “dumba negue”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt 362.1pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Meu irmão, vamos lá falar
a verdade! Afinal em 2012-2014 o que Dhlakama dizia, para haver violência? Hoje
fala de governar seis províncias. Esse tal de Presidente tinha-se desentendido
com ele por causa de governar seis províncias? Não é verdade, porque a questão
das seis províncias decorre das eleições de 2014. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt 362.1pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Antes disso, a mesma
questão tinha sido posta depois das eleições de 1999 quando, na verdade, diferentemente
de 2014, a coligação Renamo-União Eleitoral tinha conquistado a maioria no
Niassa, Nampula, Zambézia, Tete, Sofala e Manica. Os candidatos presidenciais
nesse ano foram Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama. As reivindicações da
Renamo-União Eleitoral terminaram em banho de sangue. Apoiantes da Renamo até
deceparam os pénis de um jovem Polícia em Montepuez. O que isso de veio aquele
Presidente, no caso o fulano, quando já antes em 2000, por exemplo, tinha-se
vivido um cenário de extrema violência – nem todas as vítimas morreram, há
sobrevivente!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 281.25pt 362.1pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Por fim, gostei de ouvir
a sobrinha de Afonso Dhlakama, Ivone Soares, a ser citada como tendo dito que
era urgente a revisão da Constituição da República. Não é que defenda a revisão
da Constituição, mas reputo de uma discussão correcta usar a lei. A arma de
guerra é algo brutal e mata, não faz sentido.</span></div>
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US;">Quero sublinhar: a pessoa de Chacate, como pessoa, não
me preocupa tanto, mas o facto de ser docente e dizer o que declarou, choca-me.
Se em 2000 pouco percebia, uma releitura dos acontecimentos refrescar-lhe-ia a
memória</span>SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-78736484116651198672015-11-03T00:20:00.001-08:002015-11-03T00:20:15.593-08:00MANO MANÉ, "ME DESCULPE ENTAO"!<!--[if gte mso 9]><xml>
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">[Conhece antecedentes do Estatuto do Líder da
Oposição?]</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mano Mané, o edil de Quelimane,
foi citado por um semanário como tendo declarado que discutir o Estatuto do
Líder da Oposição “é como um médico ou enfermeiro que, vendo borbulhas na cara
do paciente, manda-o ao dermatologista para que pegue pomadas e tome conta das
borbulhas, esquecendo-se das causas que as provocaram”. Quais as causas? Está
feita a pergunta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“(…) Manuel de Araújo disse que
no lugar de aprovar, às pressas, estatutos de líder da oposição, simplesmente
para resolver um conflito pós-eleitoral, é preciso enfrentar com frieza o que
chama de paradoxos da democracia moçambicana, tais como o ‘the winner takes
all’, ou seja, o vencedor leva tudo, o sistema de governo, bem como a própria
natureza da democracia que resultou de um processo violento de luta armada,
entre outros”. Será verdade que o conflito é pós-eleitoral? Por quê? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em discurso directo, diz, de
acordo com o mesmo semanário: “É uma lei que foi feita por cima do joelho, com
muitas imperfeições, é como um paracetamol que foi administrado ao doente, não
para curar a doença, mas para minorar a dor do paciente”. Quais os elementos
fiáveis que suportam as declarações de Manuel de Araújo? Não será retórica com
recurso a argumentos não verdadeiros? Há que testar!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mano Mané, “me desculpe então”,
mas não sei onde se encontrava em 1994, antes das primeiras eleições
multipartidárias. Se estava em Moçambique, parece que a sua intervenção sobre a
história do Estatuto do Líder da Oposição é que foi feita em cima de joelho. Sublinho:
as declarações do edil de Quelimane é que foram feitas em cima de joelho,
transformando reivindicações anteriores às eleições, já desde 1994, em conflito
pós-eleitoral. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">É que o Estatuto do Líder da
Oposição tem uma história anterior ao ora aprovado e penso que não deveria
ignorar esse facto, por ser, de facto, um facto. Mas, o que se sabe do novo
discurso da Renamo, a guerra de 16 anos era pela democracia, que a tendência
socialista ou comunista da Frelimo não garantia, sem ser necessariamente pela
partilha do poder, porque a ser assim, partilha do poder, é suposto que o
Acordo de Nkomati, assinado em 1984, poderia resultar nessa partilha entre a
Frelimo e a Renamo, se calhar sem eleições nenhumas. Disse isso, certa vez,
Teodato Hunguana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">A haver imperfeição, não tem nada
a ver com os argumentos de Manuel de Araújo. Por isso, é má retórica de Mano
Mané, porque apela a argumentos que não verdadeiros argumentos, não pelos seus
objectivos, voltando a citar o professor de Filosofia, Paulo Jorge Domingos de
Sousa, em “A Filosofia faz-se pensando”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Insisto: o problema do debate
frequente em Moçambique, e as entrevistas curiosamente a um determinado grupo
de cidadãos, de forma periódica, peca por veicular muitas imperfeições, como
sucede com o argumento do edil de Quelimane, beneficiando da existência de
muitos incautos, consumidores do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fast
food</i> disponível nos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">takeamweys</i>.
De Araújo falou e isso foi tomado como uma verdade! Poucos avaliam os seus
argumentos. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Afinal quais são os elementos que
são apresentados por Mano Mané, como seus argumentos ou premissas para chegar
àquela conclusão? Simplesmente os resultados das eleições de 2014. Esta
conclusão assemelha-se a retórica que no período de 2013 a 2014 estimulou a
morte de pessoas no troço Save-Muxúnguè – partia-se de argumentos que não eram
verdadeiros argumentos sobre as causas da violência na Estrada Nacional nº 6.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ora, o problema de Afonso
Dhlakama e, se quisermos, da Renamo, remonta ao período anterior às eleições de
27, 28 e 29 de Outubro de 1994. Afonso Dhlakama fez várias reivindicações, duas
das quais referentes à “formação de um Governo de Unidade Nacional e a
existência de cargo de vice-Presidente de Moçambique”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O vice-Presidente, que Dhlakama
afirmava ser uma questão de emenda constitucional, seria o segundo candidato
mais votado. Creio que, pelas contas, ele adivinhava que seria o segundo mais
votado, sobretudo pelos argumentos apresentados, citados adiante. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Raúl Domingos sabe disso e creio
que Eduardo Namburete, que o conheço e respeito à semelhança do Mano Mané,
nisso de respeito [estive em Quelimane com Manuel de Araújo, volto a dizer isso,
antes de ser edil, mas por pouco tempo e não deu para muita conversa, eu não
companhia de jornalistas que ele conhecia], numa situação normal também estaria
informado sobre tais eventos. Mas, como dizia, o nosso debate tem muitas
imperfeições e se baseia em opiniões não devidamente fundamentadas ou
documentadas: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fast food</i> à venda nos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">takeaweys</i>!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O que sucedeu antes das eleições
de 27, 28 e 29 de Outubro de 1994? Afonso Dhlakama é citado pelo semanário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Domingo</i>, na sua edição de 27 de Março de
1994, a apresentar pretensão do GUN: “Eu já abordei esta questão do Governo com
o Presidente Joaquim Chissano, isto é, eu pedi uma audiência porque esta foi
sempre a minha posição, mas não aprofundamos muito, mas fiquei com a impressão
de que parece que ele concorda comigo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Chissano, numa das tantas
reacções, excluindo a dos seus correligionários, citado pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Moçambique</i> de 30 de Abril,
responde: “ (…) vamos primeiro às eleições e depois quem vencer saberá como
agir. Não vamos influenciar agora a vontade; temos que conhecer a sua vontade
real. Não vamos para essa farsa, essa maneira de enganar o povo. Nós não somos
animais para nos fazerem dessas experiências”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Afonso Dhlakama, através da
edição de 28 de Agosto de 1994 do semanário <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Domingo</i>,
lança ultimato, afirmando que até 25 de Setembro de 1994, Chissano deveria
aceitar o Governo de Unidade Nacional, ameaçando: “O meu problema não é ser
vice-presidente, mas sim o que vai acontecer 24 horas depois das eleições. A
minha posição não é de fraqueza, mas sim de força.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">(…) vai haver compromisso sobre
futuro político de Moçambique até 25 de Setembro. Diz-se que na Constituição
não está previsto o cargo de vice-presidente, mas se for necessário, a
Assembleia da República pode reunir-se rapidamente e colocar esse postulado”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Compreende, Mano Mané, Dhlakama
queria uma reunião rápida da Assembleia da República para colocar o postulado
de vice-Presidente na Constituição da República antes das eleições de 1994. É
isso que Manuel de Araújo chama de conflito pós-eleitoral? O certo é que
Joaquim Chissano recusa e diz: “Isso é com ele! Ele é que sabe como vai fazer”.
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Resumindo: Chissano rejeitou a
imposição do GUN e do cargo de vice-Presidente. Está documentado e creio que
figuras como Manuel de Araújo, Raúl Domingos e Eduardo Namburete, duas das
quais com referências académicas muito acima da média entre moçambicanos [Mano
Mané e Namburete], não deveriam, nem por lapso, ignorar tais factos – salvo se
a intenção for de enganar os incautos, recorrendo a argumentos que não são
verdadeiros argumentos!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mas o cerne da questão é o
Estatuto do Líder da Oposição. Sucede que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Domingo</i>,
na edição de 9 de Outubro, antes das eleições de 27, 28 e 29 do mesmo mês,
noticia que “Chissano garante estatuto especial a Dhlakama”: eis a génese do
Estatuto do Líder da Oposição, Mano Mané!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“É uma personalidade que deve ser
respeitada na medida em que vai provar ter gente que o ouve. Aliás, é o que se
passa com Jesse Jackson, que tem tratamento especial nos Estados Unidos (…)
Terá que ser uma figura de respeito que até pode receber missões do Estado”.
Foi assim que Chissano pensou e disse publicamente, através da imprensa,
acrescentando:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“(…) o próprio Dhlakama propôs
que lhe déssemos o tratamento que tem um Presidente da Assembleia da República.
Só que ele quer que isso seja por um acordo, e eu recuso-me a fazer acordos nesse
sentido. Um acordo prevê reciprocidade, mas eu não exijo nada dele, se ele
ganhar as eleições, que faça um Governo do jeito que bem entender”. Acha, Mano
Mané, que esta declaração é pós-eleitoral?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mais tarde Dhlakama, depois das
eleições, rejeitou integrar o que hoje configura o Conselho de Estado, também
sob proposta de Joaquim Chissano. A exigência é que esse grupo que Chissano
pretendia, fosse criado por lei. Coube à Assembleia da República, já no mandato
de Armando Guebuza, aprovar a criação do Conselho de Estado mais ou menos em
conformidade com as exigências de Dhlakama. Mas ele nunca tomou o seu lugar até
hoje no referido órgão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O que dizer, então, Mano Mané? O
Estatuto do Líder da Oposição, aprovado pela Assembleia da República em 2014
como Estatuto Especial do Líder do Segundo Partido com Assento Parlamentar, em
termos de génese, não visava resolver conflitos pós-eleitorais. Quem conduziu o
processo até aí, foi o próprio Afonso Dhlakama. Por outras palavras: antes
mesmo das eleições de 1994, as primeiras multipartidárias, Chissano procurou
acomodar o presidente da Renamo, mas este se mostrou irredutível, com ameaças e
tudo o que está registado e acessível a quem quiser consultar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Outro exemplo: Dhlakama, depois
das eleições de 1994, disse que Chissano estava a insistir em lhe dar estatuto
especial [repare na coincidência “Estatuto Especial”] ou estatuto condigno. O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Moçambique</i> de 30 de Maio de
1995, sete meses depois das eleições, noticia que Dhlakama diz que, devido à
insistência do Presidente da República, em lhe conceder estatuto condigno, vai
designar uma instituição humanitária para tomar conta do valor oferecido para
apoiar as crianças desfavorecidas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Como o Presidente insiste que
não se pode acumular dinheiro nas Finanças vou brevemente designar uma
instituição para levantá-lo e para fins humanitários”. O matutino atribui estas
palavras ao presidente da Renamo. Atenção à declaração “o Presidente insiste”!
Está claro que a “oferta” de Chissano não visava resolver nenhum conflito pós-eleitoral,
mas sim a valorização de uma figura importante na história de Moçambique
pós-independência e no processo de democracia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">É isso que creio que Manuel de
Araújo numa situação normal saberia. Não creio que intencionalmente manipulasse
a opinião pública, tornando conflitos não pós-eleitorais em pós-eleitorais. Dou-lhe
benefício da dúvida, na ideia, que não é minha, de que ao lhe conceder o<strong><span style="background: white; color: #333333;"> </span></strong><strong><span style="background: white; color: #333333; font-weight: normal; mso-bidi-font-weight: bold;">benefício da dúvida</span></strong><span class="apple-style-span"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="background: white; color: #333333;">,</span></b><span style="background: white; color: #333333;"> acredito na imagem positiva e benéfica
dele, como se ele estivesse sendo realmente sincero e honesto ao apresentar o
argumento de conflito pós-eleitoral.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mano Mané, observo, seria de
grande utilidade que procurasse ver o que tem estado a acontecer desde 1992,
antes de chegar a conclusões sobre temas delicados devido às suas
consequências. Se não fizer isso, estará a contribuir para a incompreensão da
realidade moçambicana decorrente da assinatura do Acordo Geral de Paz,
hipotecando uma parte importantíssima da história. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Se Afonso Dhlakama fosse comedido
nas suas exigências, teria obtido Estatuto Especial. É que o Estatuto Especial
proposto por Joaquim Chissano foi o embrião do Estatuto Especial do Líder do
Segundo Partido com Assento Parlamentar, uma figura que tem gente que a ouve,
obviamente para o segundo candidato mais votado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Quer dizer, Dhlakama há pelo
menos 20 anos teria vivido a experiência, passe o exemplo, de Jesse Jackson –
pensando na proposta de Chissano anterior às eleições de Outubro de 1994. E
acredito que esse Estatuto Especial teria sofrido emendas como acontece com a
Constituição da República, para se encontrar uma melhor formulação possível. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O Estatuto, na sua génese, não
poderia ser como paracetamol nem pomada, mas sim a valorização e dignificação
de Afonso Dhlakama no contexto político nacional. Que hábito é esse de fazer
especulações sobre assuntos documentados, quando há fontes escritas? É falta de
tempo para pesquisa? Talvez.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Nós, escribas, infelizmente, não
conhecemos o caminho que leva ao nosso arquivo ou arquivos de outros órgãos de
comunicação social. Há elites intelectuais que fazem o mesmo, mas se apresentam
como detentoras da verdade sobre conflitos resultantes das reivindicações da
Renamo e Afonso Dhlakama. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Isso é perigoso quando feito por
figuras que foram ou são dos meios académicos, a quem os seus estudantes e a sociedade
confiam e julgam que fazem intervenção baseadas em argumentos verdadeiros,
estudos ou pesquisas fiáveis, quando, sem se saber bem os porquês, não passam
de argumentos não verdadeiros e, por isso, maus.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Só para situar o leitor: Manuel
de Araújo falava como um dos oradores da mesa redonda organizada pelo Centro de
Estudos de Democracia e Desenvolvimento (CEDE), subordinada ao tema Estatuto do
Líder da Oposição. É suposto que as declarações do Mano Mané serão usadas pelo
CEDE nas suas publicações, mas carregam consigo argumentos não verdadeiros [argumentos]
porque falam de conflito pós-eleitoral quando a história não diz isso. E depois
vamos criticar os nossos filhos e irmãos, ora estudantes, pelas suas
imperfeições na interpretação dos fenómenos!</span></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-1937303469492841992015-09-23T06:12:00.001-07:002015-09-23T06:12:18.418-07:00GOVERNO PERDENDO GUERRA DA PROPAGANDA<!--[if gte mso 9]><xml>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 20.0pt; line-height: 115%;">“Governo perdendo guerra da propaganda” </span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">[</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Quantas vezes Dhlakama
rompeu diálogo com Chissano e Guebuza?</span></b><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">]</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">I</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Governo perdendo guerra da propaganda</span></b><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">”. Este título foi
publicado há 14 anos pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim sobre o
processo de paz em Moçambique</i>, da AWEPA, Associação dos Parlamentares
Europeus para a África, nº 26 –10 de Abril de 2001. Questão: não será que
continuamente o Governo perde guerra de propaganda? Por quê?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim,</i> nessa altura em que Joaquim Chissano era Presidente da
República, explicava essa perda, numa constatação de diplomatas, “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">apesar das disrupções da Renamo na AR, às
quais os diplomatas se opuseram, e à posição rígida da Renamo na exigência dos
governadores, que os diplomatas concordam que não pode ser feita</b>”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">A publicação refere-se a dois
factores que causavam “descontentamento dos diplomatas relativamente à
Frelimo”. Quais? “Primeiro, o governo é considerado responsável pela corrupção
galopante e há sentimento de que a linha dura da Frelimo ajudou a provocar a
violência em Novembro passado” [Novembro de 2000 – caso Montepuez].</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Segundo, os diplomatas sentem
que o governo estaria em melhor posição para poder ser conciliatório e fazer
concessões”. Foi isso que “em parte levou a comunidade diplomática a questionar
menos as reivindicações da Renamo. Um diplomata, por exemplo, disse ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim</i> que as exigências da Renamo
incluíam a abolição imediata do sistema de justiça e a nomeação de funcionários
a todos os níveis em seis províncias, pela Renamo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mas é evidente também que os
diplomatas sentem que a Frelimo e o governo podiam oferecer mais. Por exemplo,
a Renamo pediu que algumas pessoas das suas fileiras fossem colocadas nos
conselhos de administração da Rádio Moçambique e da companhia do jornal privado
controlada pelo governo que é proprietária do jornal <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Notícias</i>, e isto foi recusado. Mas os diplomatas europeus fazem
notar que directores pertencendo à oposição são comuns nas rádios estatais na
Europa, como forma de garantir equilíbrio”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O governo não continua a perder a
guerra de propaganda? Dhlakama faz e desfaz. Quando manda atacar em Tete
ninguém se importa. Mas se as Forças de Defesa e Segurança um dia respondessem,
várias vozes sairiam a criticar o governo, seriam escritas várias cartas aos
libertadores da Pátria, concedidas entrevistas, dizendo que não há vontade para
o diálogo, porque, como dizia uma activista, quem quer dialogar não ataca! Por
quê? Não sei. Mas pode prevalecer válida a constatação de 2001 feita pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim</i> da AWEPA. </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">II</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Quantas rupturas do diálogo foram
registadas no período de 1995 a 2015? Melhor: quantas vezes, Afonso Dhlakama se
furtou ao diálogo com Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Filipe Nyusi? Semana
passada, fiz uma referência aos discursos do padre Couto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não hei-de dizer o número das tantas
vezes em que houve interrupção do diálogo quer no tempo de governação de
Chissano quer no de Guebuza. Darei exemplos apenas. Quanto ao presente momento,
penso ser escusado qualquer abordagem, porque o tema é actual, tornando-se
desnecessário porque Afonso Dhlakama insiste na “agenda concreta” para se
sentar com Nyusi.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Ruptura de conversações com a
Renamo a insistir que ganhou a eleição de 1999”. Foi assim que o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim sobre o processo de paz em
Moçambique</i>, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">número 26 –10 de Abril de
2001</i>, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>descreveu os factos, que se
seguiram às eleições de 1999 e manifestações violentas do ano 2000, quanto ao
diálogo Chissano-Dhlakama. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Ambas as partes concordaram em
que o primeiro encontro foi amistoso e correu bem. Incluiu uma sessão dos dois
líderes a sós, e algumas exigências como o da abolição do sistema judicial,
foram atenuadas. Houve um comunicado conjunto”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Outra informação interessante: “O
segundo encontro, a 17 de Janeiro [2001], foi muito diferente, foi difícil,
tenso e confrontacional. Não houve nenhum encontro a sós. Cada lado acusou o
outro de ter mudado completamente depois de os outros terem objectado contra o
tom conciliatório do primeiro encontro e forçado os respectivos presidentes a
tomar posições mais firmes”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">O <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Diário de Moçambique</i> de 18 de Janeiro de 2001, cita Chissano a
afirmar: “Diálogo foi duro”. Claro que ambos não estavam satisfeitos. Mas uma
curiosidade reside no facto de se descrever o acontecimento atribuindo culpas
aos “outros”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Constrói-se a ideia de que
Joaquim Chissano simplesmente agia sob pressão de uma espécie da linha dura da
Frelimo, pois, de contrário, aceitaria as exigências da Renamo: recontagem do
voto presidencial de 1999, abolição imediata do sistema judicial [por estar
viciado e fortemente partidário], representatividade equilibrada e tratamento
igual da Renamo, no exército, na polícia, PIR e SISE [14 anos depois, isso é
expresso em paridade], nomeação pela Renamo-UE de governadores, administradores
e chefes de posto, nas províncias onde a Renamo-União Eleitoral obteve maioria,
libertação das pessoas detidas em ligação com as manifestações de 9 de Novembro
do ano 2000, desmantelamento das estruturas partidárias na administração
pública…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Esta maneira de pensar mantém-se
até hoje. A esse tipo de exigências e outras similares, Chissano chegou a
afirmar que não aceita compromissos “chantagistas”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Continuando no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim, </i>assinalo que o diálogo
Chissano-Dhlakama ocorria na Assembleia da República: “O encontro seguinte foi
a 29 de Março e de novo foi tenso, com delegações maiores, de oito pessoas
cada. Após cinco horas de conversações, Dhlakama abandonou o encontro
entregando a Chissano uma carta já escrita e rompendo o diálogo”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Questionava-me, semana passada,
sobre as entrevistas que o padre Couto concede a semanários privados “independentes”,
tecendo considerações baseadas não em factos que se podem provar, porque houve
rompimento do diálogo com Chissano em 2000 e 2001, mas não só. Desconfio que se
manipule a opinião pública!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Com Armando Guebuza, Afonso
Dhlakama também rompeu o diálogo, afirmando que não havia seriedade. Quando? Um
artigo de semanário privado, em Maio de 2011, referia:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Recorde-se que recentemente o
partido de Afonso Dhlakama rompeu as negociações (diálogo para a Frelimo) que
vinha mantendo com a formação no poder (…). Em teoria, as negociações/diálogo
visavam tratar aspectos malparados dos acordos de paz, mas na prática era o
início de uma operação visando acomodar melhor Afonso Dhlakama e a Renamo,
sobretudo, na partilha do poder político e económico”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Porque o objectivo não é arrolar
tudo, mas sim dar exemplos sobre as inverdades que são semanal ou diariamente
publicadas sobre o diálogo entre Afonso Dhlakama e os titulares do cargo de
Presidente da República, desde Joaquim Chissano, passando por Armando Guebuza até
Filipe Nyusi, esta informação parece suficiente. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Resumindo: Afonso Dhlakama mantém
a sua atitude em relação a qualquer titular do cargo de Presidente da
República. O resto é pura ilusão, que resulta da propaganda, em parte, a que
alude o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Boletim</i> de 2001.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Curioso é o quadro apresentado
com insistência por padre Couto, partindo do período de governação do primeiro
PR eleito por sufrágio universal, sem ter em conta factos ocorridos. Toma-se
opinião não fundamentada e procura-se interpretar acontecimentos. A “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Carta aos Libertadores da Pátria</b>”, em
parte, também contém o mesmo tipo de erros, idem outras cartas e entrevistas
concedidas a jornais nacionais e estrangeiros. Tira-se proveito do
analfabetismo e pobreza da maioria dos moçambicanos, manipulando os acontecimentos
e perigando a paz.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Continuo a pensar que se naquele
período o Governo perdia “guerra da propaganda”, mesmo na actualidade essa
batalha não ganhou e isso adensa o ambiente político e favorece a Afonso
Dhlakama e <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Renamo. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A propaganda continua favorável a Dhlakama e
seu partido, com intervenções mal conseguidas do padre Couto e outras elites
intelectuais que julgam que as suas opiniões são a verdade. O que se quer?
Tornar difícil a vida dos moçambicanos. Lembro-me de uma entrevista de um
académico, afirmando que se “a Frelimo não mudar, o povo vai removê-la”,
publicada por um semanário no dia 17 de Fevereiro 2012.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Problema: o facto de alguém não
gostar da Frelimo ou se zangar com esse partido, não pode resultar em empurrar
o país para a guerra. Alguém se lembra que Afonso Dhlakama chegou a dizer que
se ele fosse governante, baniria o Observatório Eleitoral liderado por Brazão
Mazula, quando disse o “dito verdadeiramente dito” em Nampula? </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hão-de me desculpar compatriotas,
mas deixar que se diga que Afonso Dhlakama respeitava Joaquim Chissano, que
ambos se entendiam e que não havia tanto descontentamento, violência e outros
males, alguns dos quais provocados pela Renamo, é cultivar mentira. Dhlakama coloca-se
acima de tudo e de todos e não é verdade que ele ficava no gabinete de Chissano
das 8:00 até 17 horas! Ele é o único presidente de partido que anda escoltado!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-74655668805378878652015-07-20T01:34:00.002-07:002015-07-20T01:34:23.629-07:00 HISTÓRIA FAST FOOD DA RENAMO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">I<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Duvido
se é de alguma utilidade, hoje, a Renamo se justificar ou escrever uma nova
história sobre as suas origens, causas de surgimento e objectivos prosseguidos:
se o que está escrito pode ser reescrito, isso não significaria eliminação da
verdade histórica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">[<b>A verdade histórica é um limite que não se
deve violar (…)</b> ”. É assim como pensa o romancista cubano, Leandro Padura. Esta declaração fê-la
em entrevista à <i>Folha de São Paulo, </i>numa
das edições deste jornal brasileiro].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mas,
em contrapartida, reputaria de grande préstimo, por concorrer para a
estabilidade do país e tranquilidade dos moçambicanos amantes da paz, procurar
fortalecer-se como uma organização política desarmada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As
armas amordaçam as ideias, as provavelmente boas em ambiente democrático e da
razão, esta como apanágio do homem, incluindo o discurso recorrente do seu
líder sobre como surgiu a organização MNR, prevalecendo a Renamo que a Afonso Dhlakama dela tenta se
distanciar (?) ao procurar oferecer a história <i>fast food</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> [“A guerra civil foi justificada pela causa de
traição da independência por parte da Frelimo” – diz hoje Dhlakama].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mantendo-se
armada e com vontade de permanecer armada, a organização “político militar”
liderada por Afonso Dhlakama, a cada dia vai revelando aos moçambicanos as suas
bases em Tete, Inhambane e Gaza. Era de supor terem sido desmanteladas, com a
assinatura do Acordo Geral de Paz, a 4 de Outubro de 1992. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Creio
que, por este andar, Dhlakama revelará novos nomes das suas bases e dos ataques
que tem ordenado – assumiu o de Tete este ano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Desde
1992, o que se apregoou, com coro de personalidades cujo discurso se assumia
como inquestionável na interpretação do AGP, foi: o presidente da Renamo tem [uns
150] homens da sua segurança pessoal como líder e isso está previsto no acordo
de Roma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Li
várias vezes o Acordo Geral de Paz. Não achei nenhuma linha, frase, período ou
parágrafo estabelecendo: Afonso Dhlakama deverá manter ou instalar bases em Sadjunjura,
Nampevo, Muxúnguè, Guijá ou outro ponto qualquer de Moçambique quer para a sua
segurança pessoal quer para outros fins, tais como os ataques ocorridos de 2013
a 2014. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Como
me tenho dedicado à leitura e análise de vários acontecimentos, entre os quais
os que envolvem a Renamo e o seu líder, para entender a não cessação definitiva
da violência e não desarmamento, gorando-se desde 1992 as expectativas, não
escondo [parafraseio Dhlakama nisso de “não escondo”]: a possível existência de
homens desde então escondidos pela Renamo, não me espanta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O homem do “dito verdadeiramente
dito” desinteressadamente até conseguiu do Zimbabwe <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> [Rodésia de Ian Smith, certeza absoluta] três
armas, AKM, emprestadas. Curioso!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Mas,
em história, quando se aborda a fundação de uma organização política como seria
o caso da Renamo, torna-se insuficiente declarar em entrevistas ou comícios que
fulano, sicrano e beltrano se reuniram, secretamente, para fundar um movimento
armado ou político.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não
sei se existe uma organização do género cuja história se resuma a encontros não
documentados. As conversas entre Afonso Dhlakama, André Matsangaíce ou
provavelmente outros, a terem ocorrido, seriam a fase preparatória para a
criação da organização MNR.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
fundação de um clube de futebol, empresa, igreja, etecetra, tem uma etapa
formal. A sua existência, em situação normal, tem como testemunho uma acta ou
outras referências relevantes e irrefutáveis: um lugar concreto, presidente da
assembleia, órgãos eleitos constitutivamente, sufragados ou nomeados – e em
caso de nomeação, o nome de quem nomeia – participantes e convidados ao evento.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Penso
ser isso o que a nova Renamo, existindo para negar a velha ou contestar o que
considera ser mentira da Frelimo [a ser mentir, de facto, haveria muitos
historiadores ou intelectuais mentirosos e, mais do que isso, tão maus que são
devem detestar a Renamo, e, por isso, em tudo o que se pode ler, escrito por
eles, associam a existência da MNR ao serviço de inteligência rodesiana], querendo,
pode desvendar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">De
contrário, perde tempo com <i>fast food</i>,
que daí pode não passar. Parece não ser relevante, hoje, discutir como a MNR,
mais tarde Renamo, nasceu, sua visão e missão em Moçambique. Seria de grande
interesse, acredito eu, provar que não existe para guerras contínuas, desarmando-se
e não se mantendo como pode ter ocorrido há 37 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
partido de Afonso Dhlakama tem história diferente, contrária da convergente na
sua ligação com a Rodésia de Ian Smtih? O que se sabe sobre MNR/Renamo não foi
escrito tudo por pessoas ligadas à Frelimo. Vale a pena, aí, insistir no que
diz Leonardo Padura: “A verdade histórica é um limite que não se pode violar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">II<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Domingo passado, a Renamo novamente
pode ter escrito mais uma história <i>fast
food:</i> celebração dos 35 anos do seu destacamento feminino. Foi a 5 de Junho
de 1980, diz-se, que ocorreu a incorporação das primeiras mulheres, juntando-se
aos homens da organização MNR, na luta “pela democracia”. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O que é problemático? Parece [escrevo
parece porque pode ter escapado uma notícia sobre isso] que a Renamo, numa
situação normal, estaria a exaltar esse feito há bastante tempo. Por exemplo,
em 1995, um ano após as eleições, poderia ter celebrado15 anos dessa
incorporação.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mas em 1995, Afonso Dhlakama
entretinha-se a ameaçar dividir Moçambique.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Ele exigia que Joaquim Chissano
nomeasse governadores indicados pela Renamo para Sofala, Manica, Tete e
Zambézia, assim como parte das receitas dos Caminhos de Ferro de Moçambique.
Manuel Pereira falava de colocar cancelas no Save.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Sem surpresa, leio na edição de <i>A Bola</i>, do passado domingo [dia 5 de
Julho de 2015, para que não haja equívocos]: “Líder da Renamo ameaça cortar
principal estrada do país”. Que azar persegue os moçambicanos? <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Por quê? Simples: em nenhuma das
notícias inseridas no topo das colunas do diário desportivo português
referentes aos cinco Países de Língua Oficial Portuguesa, Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, tirando Moçambique, se estimula violência.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A notícia do topo para a coluna de
Moçambique é mais uma a “ameaça” de Afonso Dhlakama! <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Sem que fosse celebrado com
periodicidade tal marco, que se quer <i>histórico
</i>para a Renamo, 35 anos depois, faz-se uma cerimónia, mas até ao momento em
que escrevo estas linhas ninguém revela os nomes das combatentes homenageadas.
Estão vivas? Porque desde 1992 não apareceram em público, contrariamente ao que
fazem as de outras organizações em Moçambique?<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Sei que é possível, por exemplo,
provar quem esteve no II Congresso da Frente de Libertação de Moçambique, de 20
a 25 de Julho de 1968, em Matchedje, mesmo daqueles que um político desatento
[não seria boateiro?] declarou, em entrevista à televisão, que seus nomes não
tinham sido gravados em mármore no monumento já erguido.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Até os moçambicanos mais novos
conhecem mulheres do Destacamento Feminino da Frelimo, não interessando se
todas ou não. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A Renamo não tem documentos sobre a
sua história, além de entrevistas concedidas pelo seu líder? Por quê? Foram
destruídos durante a guerra dos 16 anos? Espero que as mulheres que se filiaram
no MNR no dia 5 de Junho de 1980 contem a sua história irrefutável aos
moçambicanos. Desde lá, passam cerca de 35 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Seja como for, é preferível Afonso
Dhlakama no <i>fast food</i> 5 de Julho de
1980, a ouvi-lo a confirmar ordens dadas aos seus homens para atacarem agentes
do Estado em Tete. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Mas na cerimónia de algures em Dombe,
tendo em conta a notícia do jornal <i>A
Bola,</i> repetiu os caldos entornados. Dhlakama fez como no passado: em vez de
celebração dos feitos, ameaça.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A última grande celebração do
aniversário da morte de André Matsangaíce, em Outubro de 1912, acabou com um
ensaio militar ou reagrupamento dos homens armados, que em 2013 semearam dor e
luto, sobretudo no troço Muxúnguè-Save. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Uma coisa semelhante entre Sadjunjira
e Dombe: um local é preparado para reunir homens e mulheres, mas praticamente
ninguém disso se apercebe. Dhlakama usou ambos os eventos para fazer ameaças
aos moçambicanos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">“Vou esticar a corda e acabar com a
paciência”, declarou o líder da Renamo, segundo o jornal <i>A Bola</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">O que fará pelas combatentes que há
35 anos foram recrutadas para as fileiras da sua organização? <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Não se sabe, senão, de acordo com a
mesma fonte, que “o número um da Renamo ameaçou não só cortar a N1 como evacuar
edifícios públicos e expulsar administradores locais nomeados pelo governo”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">A Renamo e Afonso Dhlakama têm uma
forma <i>sui generis</i> de valorização dos
seus combatentes: renovação de actos de instabilidade! São os homens armados
amordaçando o que seria uma organização política em ambiente em que a razão é o
apanágio do homem. (X)<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">PS: Escrito o artigo, fui achar uma
entrevista interessante de Dhlakama, a revelar que quando estiver no cargo de
Presidente da República de Moçambique vai escrever a história da Renamo. Espero
que alguma longevidade da família me dê esse prazer. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Anseio também que não cair em nenhuma daquelas
emboscadas “tipo” Muxúnguè, Save e por aí fora do passado, porque aí as coisas tornar-se-iam mais complicadas. É
quando se tem de falar de sorte!<o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 150%; margin-bottom: 3.85pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-68440722942680616392015-02-27T03:29:00.001-08:002015-02-27T03:29:42.042-08:00Milando do Calado Calachinicov versus caso Nuno Castel Branco<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 20.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">(Convite a debate sobre liberdade)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Diz-se,
melhor, publica um semanário, um dos mais antigos em Moçambique, a seguir ao <i>Domingo</i>, que Gilles Cistac apresenta queixa à Procuradoria
Geral da República (PGR), estando em causa escritos difamatórios publicados nas
redes sociais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Se, de
facto, o<i> faceboqueiro</i> Calado
Calachinicov escreveu isso, de que Cistac obteve a nacionalidade moçambicana de
forma fraudulenta, meteu-se num grande <i>milando</i>,
deixando de lado a sua apreciação, opinativa, de que o constitucionalista
estaria “a fomentar a divisão do país para obter ganhos obscuros”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Cito
excertos do artigo desse semanário:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">“(…) os
escritos deste <i>faceboqueiro</i>
constituem um verdadeiro atentado à sua honra e ao seu bom nome pelo que, optou
por avançar pela via judicial para exigir a reposição de danos…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">(…) as
acusações de Calachinicov constituem o ponto mais alto da intolerância bem como
da violação dos direitos fundamentais”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Cistac é
citado a declarar que já sentiu sinais de intolerância política, académica e
até de racismo. Ele tudo isso ignorou, mas acha que já basta, quando aparecem
acusações de prática de actos criminosos e por isso diz: “Vou avançar com uma
queixa crime junto à Procuradoria”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Esta queixa
de Gilles Cistac recorda-me o que se diz no caso do escrito do Nuno
Castel-Branco. Não faltaram artigos condenando o facto de a mesma PRG ter
intimado Castel Branco, defendendo-se que isso era contrário à liberdade de
expressão e de imprensa. Que tudo o que Branco tinha escrito fê-lo em pleno
gozo desses direitos previstos na Constituição da República.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Não será que
num caso, quando convém a determinados sectores, incluindo a imprensa, se
discutem as tais liberdades, mas noutro, não. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Lembro de um
agora deputado que chegou a falar de fascismo em Moçambique, ao atacar o mais
alto magistrado da Nação Moçambicana. Se tivesse sido intentada uma queixa
contra essa figura, o que teríamos ouvido é que há perseguição, intolerância,
coarctação da liberdade de expressão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">É amnésia? O
que nós, moçambicanos, prosseguimos? Não seria a hora de revermos a nossa
atitude para que não confundamos a opinião pública? Estaria Gilles Cistac a
intimidar o Calado Calachinicov ou não? A queixa seria manifestação de
tolerância ou não, analisando o caso e
relacionando-o com o de Nuno Castel-Branco, que também passou pelas mesmas
redes sociais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">II<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">E, mesmo
para misturar, do mesmo semanário leio que Munícipes da Beira “gazetam” comício
da Frelimo. Quem são os tais munícipes? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Até porque
essa é a parte menos pitoresca do artigo, pois a mais engraçada é a diz que
“(…) o partido Frelimo delegou aos chefes de quarteirão, membros dos grupos
dinamizadores e membros da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) a missão
de se deslocarem aos bairros e apelar às comunidades para se fazerem
presentes”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">OJM? Ainda
pode ser verdade, mas os chefes de quarteirão e os grupos dinamizadores, se não
for ficção jornalística, não se podem ter envolvido nessa mobilização, porque a
sua existência está claramente ligada ao Conselho Municipal da Beira e, por
essa via, o mais provável é que estejam filiados no MDM e não na Frelimo. Até
os régulos estão ligados ao CMB e por essa via mais próximos do MDM, liderado
por Daviz Simango!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Não quero
acreditar que o CMB ou MDM tenha trabalhado a favor do adversário político, a
Frelimo. Deve ser peta e se fosse a reler <i>Nós
Matamos o Cão Tinhoso</i>, reproduziria que “é peta do Quim”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">O narrador nesse conto de Luís Bernardo Honwana diz: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">“(…) O Quim disse-me também que as feridas do Cão-Tinhoso eram por causa da
guerra e da bomba atómica, mas isso é capaz de ser pêta. <span class="apple-converted-space"> </span>O Quim diz muitas coisas que a gente
nem pensa que podem não ser verdadeiras, porque quando ele as conta a gente
fica tudo de boca aberta. A malta gosta de ouvir o Quim a contar coisas de
outras terras e os filmes que vai ver lá em Lourenço Marques, no Scala, e as
coisas do El Índio Apache a jogar luta-livre e a fazer tourada, e aquilo que El
Índio Apache fez ao Zé Luís no Continental. O Quim diz que El Índio Apache só
não vai ao focinho ao Zé Luís porque não quer”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Ou seja: a mentira se confunde com a verdade. E quer nas redes sociais quer
em outras ferramentas de comunicação anda muito Quim escondido, a contar coisas
ou escrevendo o que “gente nem pensa que podem não ser verdadeiras, porque
quando ele as conta a gente fica tudo de boca aberta”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif;">Não é de ficar de boca aberta quando se diz que a Beira tem chefes de
quarteirão e de grupos dinamizados afectos à Frelimo, que não conseguiram fazer
a Frelimo triunfar? Que coisas!</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-75303630536843510712015-02-12T02:40:00.003-08:002015-02-12T02:40:58.272-08:00ARITMÉTICA DE MANO MANÉ<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">[Mais achas para a fogueira]<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Aritmética
de <i>Mano Mané</i>, pode agitar as
consciências lá na cúpula do <i>Democrático</i>,
o <i>Movimento de… Para Todos</i>, mas que se
diz ser para poucos. Isso de ser para poucos, pode ser má língua. Má língua, há
para tudo e todos, em todos os momentos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Todas as
semanas capas de jornais, ora dizem que esta dança é exclusiva para execução daquele
e outro não dança da mesma maneira, ora o político fulano não se entende com
político sicrano, enfim, vão sendo criados, arquitectados é mais bonito, soa
bem, problemas, para criar desconfiança, onde a confiança se via florescente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Obras de má
língua, até podem passar para vídeos e depois se discute se é ela ou não… Mas
isso é outra coisa, não parece o caso do Para Todos e <i>Mané</i>, o De Araújo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Pela
insistência do Mané, que não se confunde com o finado do Ansumane, de Bissau, de
resto nunca houve nada semelhante, senão a magreza, se for, porque não vejo de
perto o <i>Mano</i>, passam anos, tirando as
imagens nos jornais e televisões, não há fumo sem fogo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">O <i>Mano Mané, </i>De Araújo, tem estado a
questionar a democraticidade lá no <i>Movimento</i>
e até discordou do que o <i>Democrático</i>
usou para justificar o desaire nas presidenciais, legislativas e na eleição
para as assembleias provinciais, tendo em conta as expectativas não só internas
mas também externas enquanto prevalecia Sadjunjira e as sondagens diziam o que
eram as suas conclusões, porque, de contrário, até amealhou um pouco lá na 24 de Julho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Logo ele
disse que havia que assumir os erros cometidos, quando os outros, seus
correligionários, incendiavam a casa do adversário ladrão eterno – só eles
nunca roubaram nada, nem uma manga do quintal alheio quando eram crianças!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Queria o <i>Mano Mané, </i>voltando à vaca fria<i>,</i> que o chefe da bancada do <i>Democrático</i> fosse um deputado eleito
pelo círculo da Zambézia. Não conseguiu porque <i>Chiveve</i> é água que corre e <i>Coco</i>
cai e para se ver água é preciso parti-lo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">O que pode
ser estranho é que no mandato passado, salvo esquecimento meu, esta minha
cabeça cheia de preocupações até me pode provocar amnésia, não se ouviu nenhuma
voz, lá na 24 de Julho – talvez porque
o neto rejeitado do Dzovo não tinha
assento –, pedindo a existência do terceiro vice-presidente parlamentar, na
ideia de que o contrário seria exclusão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Nada.
Formou-se a terceira bancada de oitos deputados sem nenhuma outra reivindicação,
diz-se com beneplácito da maioritária, contra a vontade da eternamente segunda
organização política mais votada, sempre que desiste dos boicotes que só afectam
as autárquicas, pouca coisa se pensarmos na AR.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Será o
efeito <i>Mano Mané</i>, que inspira as
vozes do <i>Democrático</i> à procurar
acomodação para serenar os ânimos? Não sei. De resto o nome do candidato a
terceiro vice-presidente não chegou a ser revelado, se seria da Zambézia ou
Nampula ou, para uma machadada, de Sofala! É que aí já não parece uma questão
aritmética. Mas dá para reflectir, se o <i>Democrático</i>
não procura acalmar as ondas turbulentas, mas imperceptíveis (?), com Mano Mané
a deitar mais achas para a fogueira, através da 24 de Julho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Há que
lembrar a discórdia que se instalou em Nampula na constituição de listas de
candidatos antes das eleições do ano passado. O <i>Democrático</i> pode precisar de deitar muita água na fervura e um
terceiro vice-presidente da AR, sairia como uma arma secreta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Que o <i>Mano Mané</i> está a dar muito TPC ao <i>Democrático</i>, lá isso é verdade! Mas não
se pode dizer que seja o calcanhar de Aquiles da liderança do Para Todos, seria
exagero. Afinal todos os partidos têm as suas intestinais! Maldita Constituição
e Regimento!... Mas tudo se ajeita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-24582573445849235652015-02-10T02:31:00.001-08:002015-02-10T02:31:17.798-08:00DE AFONSO DHLAKAMA A GILLES CISTAC<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">De Afonso Dhlakama a Gilles Cistac<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">I<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%; mso-ansi-language: PT;">Afonso Dhlakama, segunda-feira, insistiu na vontade de
governar, querendo que se criem províncias autónomas no centro e norte do país,
no segundo encontro com o Presidente da República, Filipe Nyusi. A proposta irá
para a Assembleia da República, à partida, com ameaças. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%; mso-ansi-language: PT;">Como atribuíram ao académico Gilles Cistac a
possibilidade de cobertura constitucional desse projecto aparentemente
complexo, vale a pena que o assunto seja debatido, ainda que não se saiba com
que linhas se há-de coser a autonomia, havendo a evocação do tal número 4 do
artigo 273 da Constituição da República, chamado por Cistac.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%; mso-ansi-language: PT;">Há vários registos sobre a divisão do país pretendida por
Afonso Dhlakama desde 1994-95, a partir do Save, reivindicação de receitas de
Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Nampula, incluindo parte dos ganhos da empresa Caminhos
de Ferro de Moçambique, região centro, nomeação de governadores indicados pela
Renamo, desejo de emenda constitucional para ele ser vice-Presidente da
República, governo de unidade nacional e actualmente governo de gestão ou a
variante províncias autónomas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 200%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 200%; mso-ansi-language: PT;">Estes e outros discursos do presidente da Renamo [até
houve o de paralisação do país em menos de 24 horas] estão nos jornais
arquivados, podendo ser lidos por quem quiser. Por isso, Leite de Vasconcelos,
escreveu numa das suas crónicas, que faz parte da colectânea <i>Pela boca morre o peixe</i>: “A ressaca
pós-eleitoral da Renamo está a conduzir Dhlakama, não ao seu “segundo eu”, mas
de regresso ao primeiro. Transparece, cada dia mais evidente, a sua
incapacidade de se afirmar no terreno da luta política”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Por exemplo, citado pelo semanário <i>Domingo</i> de 28 de Agosto de 1994, antes das primeiras eleições, o
presidente da Renamo dizia:<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454;"> “O meu problema não é ser
vice-presidente, mas sim o que vai acontecer 24 horas depois das eleições. A
minha posição não é de fraqueza, mas sim de força.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">(…) vai haver compromisso sobre futuro político de
Moçambique até 25 de Setembro. Diz-se que na Constituição não está previsto o
cargo de vice-presidente, mas se for necessário, a Assembleia da República pode
reunir-se rapidamente e colocar esse postulado.</span></span><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Eu ainda não apresentei esta minha proposta ao meu irmão
Presidente Chissano, mas este é o meu sonho, e já falei disso com diplomatas, e
muita gente diz: mas como é que o Presidente está a sonhar, e eu digo este é o
sonho que eu tenho, não porque o país está totalmente destruído, mas porque em
África é muito difícil que haja vencedores e vencidos para trabalharem em
conjunto nos primeiros anos das eleições.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Eu tenho dito que temos que aproveitar as experiências
que os outros têm porque qualquer democracia tem a sua história, porque nós não
acreditamos que a Frelimo, a Renamo, o Pademo ou Unamo, ganhando as eleições,
cada um destes partidos pode governar sozinho, e nessas condições, mesmo se
formos ler a história dos Estados Unidos, Portugal, ainda caíram 16 governos a
seguir à Revolução de 25 de Abril de 1974, e depois os portugueses aprenderam,
e por isso mesmo, nós não podemos copiar o que os americanos estão a fazer
hoje, o que os italianos estão a fazer hoje”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O semanário <i>Domingo</i>
cita um diplomata africano, na condição de anonimato, a considerar que a
proposta de Afonso Dhlakama não era de sua iniciativa, considerando ser
estranho que se exija democracia para África, mas que: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">“quando chega a hora da verdade se diz que África não
está preparada para a democracia, então
começa-se a inventar fórmulas e mais fórmulas que corrijam a vontade popular, o
sufrágio. Se se fazerem as eleições é para um efeito útil; não é fazer eleições
para nenhum efeito útil, como se não tivesse havido eleições; dizer que os
vencedores e vencidos são a mesma coisa; então estamos a perder milhões e
milhões de dólares que deveríamos gastar na reconstrução do nosso país”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span class="apple-converted-space"><b><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">II<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Num dos artigos em que se atribui a Gilles Cistac a
possibilidade de transformar as províncias onde a Renamo venceu em autarquias,
diz-se que seriam Sofala, Manica, Tete, Nampula, Zambézia e Niassa. Ora, Afonso
Dhlakama não ganhou as eleições na província do Niassa, porque o edital do
Conselho Constitucional refere que ele obteve 112.558 votos e Filipe Nyusi,
123. 092. Salvo se o edital estiver errado.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Dhlakama esteve em Cabo Delgado e reivindicou vitória,
mas os resultados validados pelo CC dizem que reuniu 77. 388 votos e Nyusi, 327. 354 votos. Não são estes
dados que o presidente da Renamo usa. No fim das reportagens que lemos ou
ouvimos, estranhamente, não se recorda aos leitores, ouvintes e telespectadores
quais são os resultados válidos, deixando o cidadão incauto a julgar que é
verdade o que Afonso Dhlakama afirma nos seus comícios populares, incluindo em
Cabo Delgado. Há que ter cuidado, porque uma mentira repetida pode parecer
verdade, sobretudo num país onde mesmo os que sabem ler nem todos lêem.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E aí começa uma das complexidades da indicação das
províncias autónomas, porque se dá a ideia de que seriam as regiões onde Afonso
Dhlakama foi mais votado ou ganhou, se quisermos. Porém, nos seus discursos,
ele não usa a informação oficial, ficando-se por saber quais seriam as futuras
províncias autónomas, se o que consta dos editais do CC ou o que diz nos seus
discursos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Outro problema que se põe, pensando nos locais onde
determinado candidato é mais votado ou ganha, é que não se tem em conta que
numa mesma província há distritos, postos administrativos e localidades onde
eventualmente Afonso Dhlakama não tenha sido o mais votado que Filipe Nyusi.
Dando exemplo: pode acontecer que Dhlakama tenha mais votos que Nyusi na
província de Sofala, mas no Dondo Nyusi ter conseguido mais votos que ele. Como
fica? Ele governaria Sofala sem incluir Dondo? Aparentemente é a ideia que
sugere o facto de Dhlakama governar onde ganhou e Nyusi também dirigir as
províncias onde venceu. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Se Dhlakama obteve 171. 817 votos na província de Manica contra 168. 860
de Filipe Nyusi, quem garante que não haja distritos, postos administrativos ou
localidades onde o seu adversário, da Frelimo, tenha saído vencedor? E isso
pode ter acontecido em várias províncias, daí o projecto de autonomia se
afigurar, à partida, um assunto que pode não ser o que aparenta, pois
Moçambique teria que ser retalhado sem fim.<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<span class="apple-converted-space"><b><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">III<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Curioso, lendo o que se atribui ao académico Gilles Cistac,
é o facto de se pretender esquecer que a votação não era referente às
províncias autónomas, mas sim para a escolha de membros das assembleias
provinciais, deputados da Assembleia da República e Presidente da República.
Logo, acredito que haveria outra eleição, para que Afonso Dhlakama fosse
governante das províncias onde ganhou, para permitir que outros candidatos
também pudessem aspirar a esses cargos. Mas podia acontecer que nas mesmas
províncias não ganhasse. Pode não ser líquido que nas próximas eleições
autárquicas a Renamo ganhe na cidade da Beira. A vontade muda. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Se houvesse províncias autónomas, as eleições teriam que
ser realizadas para a escolha de governantes dessas províncias e não um
candidato vencido nas presidenciais, depois ter de procurar a província onde
ganhou para se autoproclamar governante. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #545454; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Atribui-se a Gilles Cistac esta afirmação: “A gente fala da
Renamo mas quem votou nela foram os moçambicanos (…)”. Ora nenhum moçambicano
foi às eleições em províncias autónomas, não houve eleições para escolha de
presidente de províncias ou regiões autónomas. O que os moçambicanos fizeram
foi a escolha do Presidente da República, deputados da Assembleia da República
e membros das assembleias provinciais. E como fiz questão de referir, é
possível que numa mesma província, as preferências dos candidatos tenham sido
diferentes nos distritos duma mesma província, idem postos administrativos e
localidades. São moçambicanos na mesma. Há moçambicanos da mesma província que
votam em candidatos e partidos diferentes, se calhar irmãos que são militantes
de organizações políticas diferentes. (X)<o:p></o:p></span></span></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-69897427016401140752014-10-08T08:41:00.005-07:002014-10-08T08:41:59.691-07:00 SERÁ A ÚNICA VERDADE, DOUTOR JOÃO MOSCA?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Pergunta:
será a única verdade, Doutor João Mosca, que a causa da violência eleitoral é o
nervosismo da Frelimo e insegurança? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Se disse
isso, sugerido pelo título de Magazine Independente, parece que a conclusão, e
a dúvida está na possibilidade de a imprensa criar factos, é do tipo a-histórico.
Por quê? O Dr. esquece-se que a Renamo, antes do MDM, teve dificuldades sempre
que quis fazer campanha em Gaza?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Para mim,
sem defender que gente de Gaza tenha esse tido de reacção, condenável, perante
adversários políticos da Frelimo, a única diferença, analisando o passado anterior
ao surgimento do MDM – pergunte ao Pondeca, da Renamo, o que já lhe aconteceu! –
é que o MDM levava paus e mais armas ou para atacar ou para se defender, em caso de violência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">A Perdiz,
uma publicação da Renamo, comenta, ironizando a reacção do MDM: « Aquele
partido que faz da arma dos outros a sua
virtude, afinal tem armas também. Só que são escondidinhas, já que para
aldrabar o eleitorado entendeu por conveniente fazer-se passar por santinho
desarmado… Estações televisivas mostram um galo bem furioso botando massarocas
de camisete vestida para correr…» <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Só queria
recordar um facto: quando terminava a campanha de Daviz Simango, no ano passado,
para a eleição autárquica, na Beira, muita gente sofreu graves ferimentos,
espancada pelo MDM, cujos apoiantes destruíram viaturas de moçambicanos que
passavam pela rua Kruss Gomes e pela avenida Samora Machel. Também era nervosismo
da Frelimo, numa cidade onde este partido não ganha desde 2003?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Dr., penso
que no meio de tudo isso, a Frelimo sai a perder sempre: perde, à partida,
porque se polícias tentarem manter a ordem e carregar sobre autores da
violência, dir-se-á que é polícia da Frelimo. Viu-se isso em Quelimane, depois
da vitória do MDM, viu-se recentemente na cerimónia alusiva ao 4 de Outubro em
Nampula, só para dar exemplos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Depois da
violência do fecho da campanha eleitoral na Beira, ainda tivemos a destruição
de viaturas, barricadas nas vias públicas, incluindo a avenida Samora Machel,
alegadamente porque estava a decorrer recrutamento compulsivo para o SMO. Quem
saiu a perder? Não vale a pena responder, porque é óbvio!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;"> Se juntarmos a isso os ataques de Muxúnguè,
onde morreram pessoas, outras sofreram ferimentos e mutilações, viaturas também
queimadas com os ocupantes no interior, o que diremos? Tudo isso é nervosismo e
insegurança da Frelimo? Quem saiu a perder? O Dr. sabe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">O que me
causa confusão quando ouço académicos ou leio entrevistas a eles atribuídas é
isto: a pressa em tirar conclusões! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Pode ser que
a Frelimo esteja insegura e nervosa, mas as causas da violência eleitoral não
podem ser resumidas dessa maneira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Um académico
não procura enganar os que menos estudaram, mas os ajuda a compreender os
fenómenos sociais como é o caso da violência, senão, um dia, os roubos,
assaltos a mão armada, raptos e outros crimes terão como explicação o
nervosismo e insegurança da Frelimo! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Discordo,
Dr! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Há coisas
que diz e em certa medida concordo, mas desta vez parece que o jornal o deixou
ir longe demais nas suas análises para consumo dos menos esclarecidos e
provavelmente seus estudantes. Os meus pais ensinaram-me que mesmo que não
goste de uma pessoa, não é certo culpá-la do que não fez, simplesmente por
detestá-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Assim, essa
declaração pode estimular a violência em vez de retraí-la, porque, à partida,
existe um culpado, uma espécie de inimigo, passe a expressão. Não será que
muitas organizações políticas andam nervosa e inseguras, desconhecendo os
porquês disso porque em qualquer jogo haverá vencedores e vencidos! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Também
acredito no nervosismo e insegurança de intelectuais profetas, e isso não tem
nada a ver com a possibilidade de a Frelimo ganhar ou perder as eleições da
próxima semana, mas sim diz respeito ao que todos os dias os leitores consomem,
mesmo sendo análise de qualidade duvidosa, cujo propósito é a manipulação dos
cidadãos incautos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT;">Fico por
aqui, Dr. com apelo de que as mensagens de violência pós-eleições, até expressa
por estrangeiros, são violentas e estimulam violência, como vimos no passado.
Paz é o que se quer em Moçambique! Viva a paz! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-628351619773096912014-06-24T02:47:00.000-07:002014-06-24T02:47:48.295-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 20.0pt; line-height: 150%;">Abuso do <i>Povo no Poder</i> em directo na TV<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem
conhece o músico do <i>Povo no Poder</i>?
[Eu falo de povo para o povo/ Porque eu sou o povo e tu és povo/ Usamos a mesma
linguagem/ E quando tu falas eu te oiço/ quando eu falo tu me ouves/ (…..)
Agora que estamos juntos, vou vos contar um segredo/ Eles não podem connosco/
Eles agora têm medo/ E na nossa causa justa não podem se infiltrar/ (…) Este
não é o povo de 75/ Este povo foi a
escola (…)]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes
de lá chegar, passo por um artigo de opinião que apresenta um antigo de
deputado da Assembleia da República, na primeira legislatura, <i>como falsificador de moeda</i>, líder de um
partido que estabeleceu aliança com outro, mais novo, mas com assentos na Casa
do Povo. <i>Povo</i>, essa palavra que até
se usa para matar o verdadeiro povo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sucede
que o tal do <i>Povo no Poder</i>, por
ironia das alianças ou seja lá o que for, nas eleições que se seguiram ao
surgimento dessa novel organização política, ora apontada como aliada de <i>falsificador de moeda condenado a dois anos
de prisão, suspensa por cinco anos, </i>era seu candidatado a deputado. Não
passou. Mas poderia ter sido eleito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ele,
bem estudado que é, com diploma universitário, certa vez, não se sabe bem o
porquê, teve o privilégio, primeiro, de dar a conhecer aos telespectadores de
um canal de TV, privado, que era consumidor activo da <i>cannabis sativa</i>. Não se sabe se os fumadores passivos das suas <i>baforadas</i> incluem a companheira e
provavelmente filho(a)(s) ou não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
consumação da declaração e sua fiabilidade, segundo, de joelhos, pediu
desculpas à sua querida mulher, presumivelmente pelos desvios de conduta que
afectavam o casal, tendo jurado, como se faz durante a oração, que deixaria de
consumir a <i>cannabis</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas
o tal do <i>Povo no Poder</i>, ouvi dizer, e,
pelas tentativas de seguir o programa que o projectou como consumidor da <i>cannabis</i>, deve ser verdade – o
preparador dos <i>bifes, </i>talvez com
tempero da erva<i>,</i> até ao dia em que
escrevi estas linhas, andou ausente – voltou à mesma estação televisiva para
promoção do que mais gosta: a soruma!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Levava
soruma. Chegou a iniciar a preparação da <i>cannibis
</i>para fumar [ninguém fez a pergunta: Ó <i>Povo
no Poder</i>, então não juraste perante a sua companheira que te desligavas
definitivamente das <i>cannabis</i>? ]<i>,</i> pediu uma folha de maçaroca, [<i>maçaroca da</i> <i>Frelimo</i> – fez questão de satirizar], porque o papel tem químicos e
estes fazem mal quando se enrola a <i>soruma
</i>para fumar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há
contras e prós essa cena, que não se consumou em directo. Não mais foi visto o
que se seguiu. O <i>Povo no Poder</i> sumiu,
o dos <i>bifes</i> também, desde o programa
de promoção <i>de soruma </i>e do seu<i> consumidor</i> até ao momento em que bato
nestas teclas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Mas foi depois de ter dito coisas tais como há
uma lei que autoriza consumo da <i>cannabis </i>aos
seguidores do Movimento Rastafári. Mais esquisito: ele garantiu que dias antes
tinha sido encarcerado com um <i>rasta, </i>este
por causa de <i>soruma</i> e ele, pela posse
de dois bilhetes de identidade, sendo de ambos os documentos portador/titular. <o:p></o:p></span></div>
<div class="seccorpo" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
O <i>Povo no Poder</i>,
depois de se explicar em relação aos BI, quis se ver livre com o portador da <i>cannabis</i>. Porque o agente da Polícia
rejeitasse a exigência, ele revelou (?) que também era fumador da <i>erva.</i> E, estando o do Movimento detido,
que os agentes da Polícia o prendessem também! O músico do <i>Povo no Poder</i> mostrava solidariedade!</div>
<div class="seccorpo" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
Mais não poderia ter feito, tal como foi citado: Foi à casa e
voltou com <i>soruma</i> no bolso e quis
fumar ou fumou mesmo na esquadra da Polícia, alegando recomendação médica ou de
curandeiro, para se aliviar da epilepsia, que nunca a tinha evocado nem no dia
em que pediu desculpas à sua cara-metade em directo na TV privada. </div>
<div class="seccorpo" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
[Diz: <span style="color: #333333;">O tratamento da epilepsia é
realizado através de medicações que possam controlar a actividade anormal dos
neurónios, diminuindo as cargas cerebrais anormais. Existem medicamentos de
baixo custo e com poucos riscos de toxicidade. Geralmente, quando o
neurologista inicia com um medicamento, só após atingir a dose máxima do mesmo,
é que se associa outro, caso não haja controle adequado da epilepsia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Mesmo com o uso de múltiplas medicações,
pode não haver controle satisfatório da doença. Neste caso, pode haver
indicação de cirurgia da epilepsia. Ela consiste na retirada de parte de lesão
ou das conexões cerebrais que levam à propagação das descargas anormais. O
procedimento cirúrgico pode levar à cura, ao controle das crises ou à
diminuição da frequência e intensidade das mesmas</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">].<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem quis, ouviu o <i>Povo no Poder</i>, antigo candidato parlamentar pelo círculo eleitoral
de Maputo desse partido acusado de aliado de <i>falsificador de moeda condenado a dois anos de prisão, suspensa por
cinco anos</i>, a garantir que a “<b>polícia
pediu-me desculpas”</b>! [reagindo às baforadas da <i>cannibis</i> <i>sativa</i>?]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É esse pedido de desculpas a quem
desrespeite as leis, que é pitoresco. É também de interrogar que o <i>Povo no Poder</i> tenha ido buscar <i>soruma </i>em casa para levá-la a uma esquadra
da Polícia: não roça a abuso do <i>Povo no
Poder</i> à autoridade? Ou era para depois se apresentar como vítima da
intervenção policial? <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seria interessante seguir o caso. Se um
boato pode levar jovens ou adultos a agir com irresponsabilidade, como
aconteceu na cidade da Beira, quando se falou do suposto recrutamento
compulsivo para SMO, final da campanha eleitoral, casos <i>boss</i> Candrinho e por aí fora, não imagino se em TV aparecer um
letrado e famoso a proferir <i>discursos </i>como
o fez semana passada o <i>Povo no Poder</i>,
vulgarizando uma TV de cunho religioso e as autoridades policiais. [Não creio
que a Polícia tenha medo de agir contra ilegalidades e sobretudo abuso do
músico do <i>Povo no Poder</i>!] </span><span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-61402649265488950572014-03-23T04:42:00.001-07:002014-03-23T04:42:30.469-07:00<h3 style="background-color: black; background-image: url(http://s1.netlogstatic.com/v6.00/257746/s/i/common/icons/blog.png); background-position: 0px 2px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; color: #86a5a4; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.1; margin: 0px 0px 5px; padding: 0px 0px 4px 20px;">
<a href="http://pt.netlog.com/muiangafrancisco/blog/blogid=2266757#blog" style="color: #f2a05f; cursor: pointer; text-decoration: none;">Pranto do candidato a edil</a></h3>
<div class="body smiley" style="background-color: black; color: white; font-family: 'Lucida Grande', Arial, sans-serif; font-size: 12px; line-height: 18px; margin-bottom: 8px; padding: 0px;">
Admira-me a facilidade com que as mulheres choraram e se calam. Percebo, porém, que no contexto da socialização, os homens manifestem uma certa resistência ao choro, evitando a todo o custo deitar lágrimas. Mas choram. <br style="line-height: 0.4em;" />O número de homens que choram começa a crescer. Fazem-no por emoção. Logicamente que as mulheres também vertam lágrimas por comoção, outras vezes porque sentem dor física. E os homens podem igualmente experimentar as mesmas sensações. <br style="line-height: 0.4em;" />Da PIDE, conta-se que as lágrimas dos homens não eram bastantes para o agente concluir que a sua vítima de tortura sentia dor. A isso tinha que acrescentar o grito que caracteriza o preto: “Yó mamanôooo!” <br style="line-height: 0.4em;" />Sem esse grito, o agente de PIDE não se sentia realizado na sua tortura. Batia cada vez mais. <br style="line-height: 0.4em;" />Sinto pena sempre, em especial, das mulheres acusadas de chorar lágrimas de crocodilo. Elas acabam carregado essa desconfiança quando se pensa que o seu relacionamento com o finado não inspirava amor e, por isso, a emoção não é verdadeira, não passa de fingimento. <br style="line-height: 0.4em;" />Mas quem é capaz de saber se choram a sério ou fingem? Por isso sinto pena delas. Sempre num dilema: se não chorarem, diz-se que “era de esperar!...”, porém, quando rola no seu rosto o fluido lacrimal, enquanto está formada a ideia de que não nutriam sentimentos de amor pelo ente cujo desaparecimento choram, são as tais lágrimas de crocodilo. <br style="line-height: 0.4em;" />E quem já questionou aos homens que choram, se também não deitam lágrimas de crocodilo? É este o problema da socialização. <br style="line-height: 0.4em;" />E lembro de um caso de mortes violentas em que um dos homicidas esteve no funeral da sua vítima, antes de ser preso, julgado e condenado, a dizer às pessoas próximas: “Os gajos que praticaram o crime são corajosos, verdadeiros assassinos!...” <br style="line-height: 0.4em;" />Quais gajos? Era um deles, bastante corajoso, de facto, e se tivesse chorado, ficaria bem a afirmação de que chorava lágrimas de crocodilo. <br style="line-height: 0.4em;" />As mais recentes lágrimas que vi num rosto, com grande surpresa, foram do antigo deputado da coligação Renamo-União Eleitoral, Manuel de Araújo. Não compreendi muito bem o que o levava ao pranto, porque acompanhei a entrevista televisiva a meio. <br style="line-height: 0.4em;" />O choro chamou-me a atenção, na verdade, porque surpreendente. Tinha acompanhado algumas poucas intervenções dele no parlamento e a última vez que estive em Quelimane, por coincidência, veio juntar-se a um grupo de jornalistas – conhecia alguns – numa explanada e conversou-se bastante. <br style="line-height: 0.4em;" />Com sinceridade, mal conheço o ora candidato ao cargo de presidente do Conselho Municipal de Quelimane, porque o tempo em que estive com ele no meio de colegas de profissão foi muito pouco. <br style="line-height: 0.4em;" />Se calhar, por isso, veja que as lágrimas dele na semana passada foram a valer. E se, de facto, lubrificam, os seus olhos beneficiaram dessa função. <br style="line-height: 0.4em;" />Esperei, em vão, que a entrevista fosse retransmitida ou, se isso tiver acontecido, na acertei nas horas em que aconteceu. Tinha interesse porque foi pouco o que percebi, metendo nomes de Bonifácio Gruveta, Samora Machel, treinos na Argélia ou outro lugar, orgulho quelimanense ferido e, se ferido, caso não tenha compreendido mal, a necessidade de resgatar esse orgulho. <br style="line-height: 0.4em;" />O que tenho a certeza é que o candidato chorou. Também, porque li, que pretende acabar com piscinas municipais nas estradas de Quelimane e facilitar o acesso à terra. E isto me faz alguma confusão: é que o partido que candidata Manuel de Araújo declarou publicamente que estava contra os pedidos de demissão quer de Pio Matos quer dos de Cuamba e Pemba. Via nisso traição. <br style="line-height: 0.4em;" />Essa palavra traição aos munícipes também ouvi nas últimas presidenciais – mudaram os actores (traidores dos munícipes) muito cedo! Dir-me-ão que política é assim, incluindo discursos da ocasião, denotando ou denunciando incoerência: “Os políticos não são sérios!” <br style="line-height: 0.4em;" />Se Manuel de Araújo, o candidato a edil, cita os exemplos das piscinas municipais e acesso à terra, é suposto que,pelo menos, duas razões poderiam levar Pio Matos a demitir-se: as piscinas nas rodovias de Quelimane e acesso à terra, que não conseguia resolver a contento – acreditando que De Araújo tenha feito uma apreciação da situação real da cidade onde nasceu e vive ao tempo da gestão de Pio Matos. <br style="line-height: 0.4em;" />Quer dizer que eventualmente não estivesse a governar bem. E deve haver mais coisas que, infelizmente, poucos sabem, tendo em conta que a justificação dada por Matos e outros demissionários não parece convincente. O que alegaram para pedir a resignação cheira a algo menos elaborado. <br style="line-height: 0.4em;" />Mas, tirando isso e essa de dizer que foram pressionados a demitir-se pelo seu partido, mas este diz que não – porém, ninguém quer acreditar nesta organização em relação ao assunto, sobretudo porque os edis demissionários aparecem com justificações não plausíveis – penso que também está menos elaborada a afirmação de que, tendo sido eleitos, estariam a trair o eleitorado por abdicar do cargo. <br style="line-height: 0.4em;" />Estar-se-ia a dizer, com isso, que o eleitorado está satisfeito, no caso de Quelimane, com as piscinas e a questão de acesso à terra afirmada por Manuel de Araújo? A ser assim, o eleitorado, então, não quer o bem-estar e desenvolvimento. <br style="line-height: 0.4em;" />De Cuamba, sei pouco. Mas de Pemba, tenho conhecimento de problemas. É verdade que não disponho de elementos, resultantes de estudos, para chegar à conclusão de que Quelimane, Cuamba e Pemba estariam melhor ou pior nas mãos dos demissionários, procurando equipará-los a outros municípios de Moçambique com as mesmas características. É só isso que me impede de dizer que vale a pena ou não a resignação. <br style="line-height: 0.4em;" />Isso não afasta a ideia de que, por vontade própria ou não, quem não tenha um bom desempenho, eleito ou nomeado, possa demitir-se. Aliás, tenho ouvido organizações exigindo a cabeça deste ou daquele governante que se julga que não toma conta do recado. <br style="line-height: 0.4em;" />Qualquer governante num país como Moçambique, estável, sente-se na obrigação de usar o seu conhecimento e recursos para promover o bem-estar e desenvolvimento. Outra coisa não se espera dele. O que é isso de pedirmos a quem governa que se arraste no cargo até chegar o novo ano eleitoral? <br style="line-height: 0.4em;" />E começo a duvidar daquelas organizações que dizem que não participarão nas eleições intercalares de Dezembro: será apenas pelo que disseram, incluindo faltar pouco tempo para o fim dos mandatos, ou até há questões de organização e recursos materiais e financeiros indisponíveis? (X)</div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-47657586576355216342014-03-19T05:08:00.003-07:002014-03-19T05:08:52.981-07:00À ESPERA, DESDE 1992, DA BOA -FÉ DA RENAMO<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">I<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">(…) </span><i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Várias vezes foi
dito que a paz não tem preço. Claro que são fazíveis contas dos gastos
respeitantes à busca de paz</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> – escrevi e publiquei neste
espaço, quarta-feira da semana passada. Hoje acrescento: custa também vidas,
sangue, dor, suor e, enfim, é difícil calcular o preço que se paga para a
manutenção da paz num cenário da existência de uma Renamo com homens armados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sem
nenhuma surpresa: o ministro das Finanças, Manuel Chang, disse que parte das <i>mais-valias</i> pagas pela Anadarko, firma
norte-americana no Rovuma, seria aplicada para acomodar o novo pacote
eleitoral. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E
sublinho: o pacote eleitoral que, infelizmente, não teve efeitos imediatos do
fim dos ataques da Renamo, reiniciados em Abril do ano passado. Próximo mês, podem
completar um ano, se Afonso Dhlakama bem o entender. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
Governo e a Frelimo, através, até, da Assembleia da República, estão a cobrar a
cessação das hostilidades, considerando que, se os ataques mortíferos tinham
como <i>suporte </i>as divergências sobre o pacote
eleitoral na AR, mas já houve cedências, a Renamo deveria parar de matar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ninguém
mais se junta àquelas vozes. Mas, na verdade, isso não deveria causar nenhum
espanto, tendo em conta a direcção das condenações públicas como, por exemplo,
através da imprensa, por existência de <i>supostos
arrogantes</i> <i>causadores da guerra! </i>(a
história ainda nos poderá revelar o grau superlativo absoluto sintético ou
analítico de arrogante – eu não gosto dos adjectivos, pois se assim fosse
pensaria em gente insensibilíssima, crudelíssima e violentíssima)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Abro
parênteses para observar: ainda bem que, na sua mais recente entrevista,
Joaquim Chissano, antigo Presidente da República, deixou tudo claro – a Renamo
e Afonso Dhlakama não respeitam as instituições (do Estado) e têm a sua
interpretação do Acordo Geral de Paz, se é que não o interpreto erroneamente. E
mais: Chissano desmentiu que dava dinheiro a Dhlakama e esclareceu que ambos não
mantinham encontros secretos ou privados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E,
deixo registado, um conhecido meu, pôs à prova o que sabia dos encontros
Chissano-Dhlakama, afirmando que Afonso Dhlakama ia à residência oficial do PR
aos fins-de-semana, sempre que quisesse conversar. Não desmenti. Mas não
acreditei, sem pensar que fosse impossível. Pela atitude de Dhlakama, que nunca
aceitou o seu lugar de membro do Conselho do Estado, sempre excluiu o seu nome
da lista dos candidatos a parlamentares e, por essa via, evitou liderar a
bancada da Renamo na Assembleia da República e, segundo Chissano, <i>ficou em pensar</i> sobre uma ajuda como
líder da oposição (segundo candidato mais votado nas presidenciais) porque
alguém disse que estava sendo comprado (por Chissano), entre outros seus <i>não</i>, mantive as minhas dúvidas em
silêncio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Antes
de fechar os parênteses, o que não se percebeu muito bem é onde Chissano e Dhlakama,
em terreno neutro pretendido pelo presidente da Renamo, se encontraram. Mas,
creio, não deve ter sido nas matas da Gorongosa ou Sadjunjira ou Marínguè. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pena
é que o entrevistador não tenha perguntado onde esse frente-a-frente ocorreu e
daí pode-se ter aberto campo para mais uma especulação, talvez a ser desmentida
na próxima entrevista a ser concedida por Chissano. Porém, o antigo estadista
clarificou as circunstâncias e o contexto histórico ou, se quisermos, político
em que se realizou esse encontro em terreno neutro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Voltando
à vaca fria: a Renamo que não venha dizer na Assembleia da República ou outro
lugar que não está a <i>comer</i> dinheiro
resultante da exploração dos recursos naturais. Este bem poderia, até, servir
para outros fins, diferentes da sua aplicação para tentar evitar as mortes
provocadas por balas do grupo de Afonso Dhlakama.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dhlakama,
na verdade, certa vez deu a entender que se quisesse dinheiro poderia fazer <i>chantagem</i> às empresas estrangeiras
envolvidas na exploração dos recursos naturais em Moçambique. Ele evitou esse
caminho. Fez <i>chantagem</i> ao Governo,
para atingir os mesmos propósitos. Pode ser uma tentativa de compensar o
dinheiro perdido por redução de deputados em consequência de relativos maus
resultados eleitorais nas legislativas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Só
para recordar: a Renamo tinha 112 parlamentares em 1994. Passou, coligada, para
117 em 1999. Depois dessa ascensão, caiu para 90 em 2004. Continuando em queda,
conta actualmente com 51 assentos na AR e divide dez deputados em números
iguais com o novel Movimento Democrático de Moçambique, ficando a Frelimo com a
parte do leão no círculo eleitoral de Sofala (dez deputados).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
redução dos deputados teve um impacto negativo na Renamo: diminuição dos fundos
disponibilizados pelo Estado para o funcionamento do partido. Estes, salvo
erro, são proporcionais aos assentos de cada organização na Assembleia da
República. Afinal, Dhlakama foi citado a dizer, numa entrevista:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> “Eu não tenho salário”. E mais: “Tenho um subsídio,
que é aquilo que me dão mensalmente para comer”. Claro que se alguém dá
dinheiro deve ser o Estado moçambicano, via Renamo. “(…) se fosse um salário,
eu podia dizer que eu tenho isto por mês” – afirmou, explicando: “Olha, a
Renamo não é emprego”. “ (…) nós temos milhares, milhares de pessoas que
sobrevivem através da Renamo. O que damos às pessoas não é algo fixo. Varia”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Pensando: Se a Renamo não
paga valores fixos, claramente que à medida que for reduzindo o número de deputados
e consequentemente o montante pago pelo Estado – chegou a atingir pelo menos</span><b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 9pt; line-height: 150%;"> </span></b><i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">3.2 milhões de meticais/mês, </span></i><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">fazendo fé nessa entrevista –, há-de ter
mais dificuldades quanto à satisfação das expectativas de <i>milhares, milhares de pessoas que sobrevivem através da Renamo.</i> O
que restava à Renamo nessa circunstância, tendo homens armados escondidos desde
1992? Deixo em aberto. Cada um pode tirar as suas conclusões e, querendo,
responder.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">II<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
Renamo quer estrangeiros na qualidade de observadores e peritos militares para
cessar-fogo e sua desmilitarização – o Governo mostra abertura. Só pelo facto
de se falar de cessar-fogo após o AGP assinado em Roma, em Outubro de 1992,
Afonso Dhlakama, se não estiver a reeditar o Acordo Geral de Paz procura, no mínimo,
introduzir uma adenda a um instrumento que se pensava, como dado adquirido, ter
deixado de vigorar, uma vez realizadas as primeiras eleições gerais, em 1994. O
AGP não era transitório para a Renamo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
questionava, semana passada, que garantias Afonso Dhlakama e a Renamo dão de
que, definitivamente, se vão desfazer dos homens armados. O Governo, semana
passada, pediu uma lista e localização dos homens armados, socorrendo-se de
razões logísticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Pode
fazer sentido isso, não apenas por razões logísticas, mas também tendo em conta
que no passado aquela organização ludibriou o Governo de Chissano e a
comunidade internacional, com a ONUMOZ a terminar a sua missão com elogios e
satisfação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dhlakama
até dizia que não haveria guerra, tanto mais que ele não era nenhum Jonas
Savimbi (Jonas Malheiro Savimbi, da UNITA). Quem não acreditou nele ou não se
pronunciou ou todos tinham fé nas suas promessas de não retorno à guerra. O
mundo inteiro aparentemente confiava nas suas declarações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Às
notícias sobre uma eventual existência de material bélico e homens escondidos,
que iam sendo divulgadas após as primeiras eleições, ele sempre reagia com desmentidos,
admitindo apenas dispor de homens de sua segurança! (Nunca se prestou atenção
aos discursos de dividir o país, capacidade militar e por aí fora).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora,
quanto à lista e localização de homens armados, dá para pensar: Como as forças
governamentais estão também no terreno, o arrolamento e localização daqueles
facilitaria a confrontação de dados, tendo em conta as informações que
provavelmente estejam na posse dos serviços de <i>inteligência </i>das Forças de Defesa e Segurança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
isso não acontecer, o acordo <i>duradouro</i>
defendido, com insistência, por Saimone Muhambi Macuiane, chefe da delegação da
Renamo, no diálogo com o Governo, pode ser menos <i>duradouro</i>, bastando a Renamo assim o entender: Dhlakama pode voltar
a enganar a todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ouço
pessoas que merecem grande respeito meu, falando de desconfianças de ambas as
partes. Quem se fiaria nas palavras do presidente da Renamo, hoje, depois do
que ocorreu até se chagar às emboscadas a civis e FDS, feitas por homens
propositadamente deixados à margem do AGP? É pena que, se calhar, Afonso Dhlakama
possa não dar mais nesta matéria, mas uma paz <i>duradoura</i> (sem armas), quiçá, depende da sua boa vontade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se
com o AGP, a missão da ONUMOZ, liderada pelo italiano Aldo Ajello, não <i>viu</i> os homens não declarados por
Dhlakama, para efeitos de desmobilização, um dos quais Jone Lindoia, sobre o
qual escrevi semana passada, apesar de cerca de dois anos de permanência em Moçambique, qual é diferença 21-22 anos depois? Este é um desafio para o
Governo, observadores e peritos militares que vão controlar o cessar-fogo e a
desmilitarização. Para a Renamo, é uma questão de boa-fé. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
missão da ONUMOZ, só para recordar, integrou
um efectivo de 1.144 observadores policiais e cinco mil militares mobilizados
em 53 países para Moçambique. Não viu os homens escondidos. As Nações Unidas,
de acordo com vários escritos, considerou a sua missão como a mais importante
desenvolvida com êxito, assinalando-se o facto de até então ter envolvido um
elevado efectivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Brasileiros
e portugueses, entre outros integrados da ONUMOZ, foram agraciados com a
Medalha do Mérito das Nações Unidas e Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
Luís Castelo Branco, numa tese com o título <i>As
Missões da ONU na África: Sucessos e Fracassos</i>, deixou registado que “<b>o sucesso da ONUMOZ pode-se explicar
através de vários factores</b>”, entre os quais, um escolhido por mim, a “<b>vontade das partes, Governo e Renamo, em
chegar a uma paz duradoura</b>”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Chissano
confessou que deveria ter desarmado a Renamo – parece que uma das partes não
queria paz duradoura, daí falar dela agora! Esta (Renamo) ainda não disse os
porquês de ter escondido homens, para além de falsamente ter afirmado que só
tinha um pequeno número de seguranças de Afonso Dhlakama – ninguém pergunta à
Renamo ou analisa o que a levou a esconder armas e homens, depois do AGP,
questão que me parece de interesse nacional, quando novamente tivermos
observadores e peritos militares internacionais!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Talvez
fosse bom que o deputado Saimone Muhambi Macuiane, que acredita (eu também
gostaria de acreditar) numa paz <i>duradoura</i>
diferente da alcançada com o AGP, esclarecesse os porquês de o presidente da
sua organização ter escondido armas e homens, mas, doravante, pretenda mudar de
atitude. Escondeu-os por quê? O que o levaria a não fazer o mesmo nas actuais
circunstâncias? <o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">III<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">António
Muchanga, membro do Conselho do Estado e militante da Renamo, saiu a acusar o
antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, de ter violado o AGP. Por
hipótese: Se tivesse havido violação do
AGP, quem tê-lo-ia feito primeiro, considerando que a Renamo, à partida, depois
de assinar o acordo de Roma, em Outubro de 1992, escondeu homens e armas? Não teria sido essa a
primeira violação? Perece indefensável a violação protagonizada pela Renamo
como partido político.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Questões
como estas e outras requerem atenção. As <i>doces</i>
palavras de Saimone Muhambi Macuiane, de uma paz <i>duradoura</i> diferente da alcançada no âmbito do AGP de Roma, podem
simplesmente ser <i>doces </i>e, novamente,
penalizar gente incauta e resultando em mortes na N1, Gorongosa, incluindo
Sadjunjira, Savane, Nampula-Rapale ou
mesmo na <i>Rua dos Sem Medo</i>, Samacueza
e por aí fora, onde a Renamo quiser protagonizar actos de violência a seu
bel-prazer com as mentes <i>tacanhas</i> na
sua <i>tacanhez</i> sobre o assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
que não haja mal-entendidos: não pretendo, com as minhas palavras, mais nada do
que uma reflexão, porque uma Renamo melhor compreendida na sua atitude ao longo
do tempo, permite a qualquer um fazer julgamentos menos precipitados, menos
dolorosos, evitando-se a circulação de informações como as desmentidas por
Chissano e, no fim, contribuir para a paz com uma busca constante assente nos
factos referentes à organização de Dhlakama. <i>A paz continua sem preço</i>! (X)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 7.5pt; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-77537775828455698142014-02-11T05:15:00.003-08:002014-02-11T05:15:59.287-08:00PARÊNTESES SOBRE SETE MILHÕES INACESSÍVEIS (MDM, RENAMO...)<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">(Abrindo
parêntesis: acabo de ler que os sete milhões de meticais não beneficiam os
moçambicanos da <i>Renamo, do MDM</i>...,
tal como escreveu um conhecido meu, muito jovem até no jornalismo. Ora, cá na
Beira, diz-se publicamente: os fundos disponibilizados via Programa Estratégico
para a Redução da Pobreza Urbana, cuja sigla é PERPU, uma vez confiados ao
Conselho Municipal (obviamente da Beira), elegem de forma
privilegiada moçambicanos fiéis ao MDM – se é verdade ou não, sem má-fé, quanto
a mim, esse dinheiro certamente não <i>serve
para as elites locais ligadas ao partido Frelimo</i>, tanto na Beira como em
Quelimane e, daqui a nada, em Nampula e
Guruè – é mesmo complicado, não é meu caro?).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; line-height: 150%;"><span style="font-size: large;">(FONTE, Diário de Moçambique, quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2014 -artigo completo. É mesmo complicado!)</span></span></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-80217918443515683842013-11-06T03:50:00.000-08:002013-11-06T03:51:08.251-08:00 ATÉ HÁ LIBERDADE DE VENDER CAMARÃO<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">(…) Mas, quando
leio, sinto que a escrita sangra. Como intérpretes dos eventos, os que escrevem
emergem com olhos de coruja e descrevem as cicatrizes espirituais, sugerindo
feridas complexas – é a minha avaliação de leitor de algumas obras (DM, <i>Estórias de expurgação</i>, 11 de Setembro
de 2013).<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">I<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Porque os filmes
que nos eram oferecidos nos alegravam devido à abundância de cenas de aventura,
sem detalhes sórdidos, nunca mais me afastei das telas, até estas se reduzirem
a ecrãs, contra a minha vontade, como se por capricho do impiedoso fosse
encerrado um capítulo de uma longa história de diversão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Com o tempo,
mais tarde, passei por duras e cruas realidades: filmes bastante violentos ou
com inesperado, mesmo sendo de ficção, quando o bem não vence o mal ou o amar
não se sobrepõe ao ódio. Paulatinamente, isso, se tornou menos estranho ao
ambiente do cinema e de novelas. Desilusão. É filme ou novela de final infeliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O filme ou
novela cujo último capítulo não é de felicidade, pode ser uma forma de mostrar
o mundo real, aquele detestado pela gente do bem, mas aplaudido por quem se
identifica com essa realidade. Afinal, à partida, criamos ou foram-nos
colocados simultaneamente o bem e o mal, personificados em Deus e Diabo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A reprodução de
Deus e Diabo foi com recurso a diferença de cores. Paulina Chiziane contesta em
<i>Por quem vibram os tambores do além?</i>
Fê-lo antes no Brasil, indignando-se com o papel reservado a um grupo de
actores nas novelas (brasileiras) e também criticando a missionação sugerida
como a que exalta o verdadeiro Deus diante dos demónios, pensando-se no
curandeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">II<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Abaixo…</span></i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">! Lembra-me um outro tempo, esta
expressão. O que nunca procurei saber é se isso foi suficiente para mandar abaixar…
de facto. O discurso sangra. Uma metralhadora pode matar e quase todos
encolhermos os ombros – aquela da morte de <i>vatxope</i>!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Outra, do mesmo
calibre, quando disparada, causa protestos liderados por elites, algumas das
quais se confundem com intenção, manifestada legalmente nas eleições de 1998,
de presidir o Conselho Municipal de Maputo, e anunciada através das declarações
segundo as quais “<b>nós podemos tirar o
Governo</b>”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O que não se
sabe é se essa voz (esse nós), que ameaça o actual Governo, por causa dos
raptos e tensão político-militar, nas urnas elegeu a actual liderança do país
ou outras organizações e candidatos. Não tentou, antes, escolher outros
políticos, sem sucesso, tal como quis governar a cidade de Maputo em 98, também
sem resultados positivos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quem nos sugere
os tumultos da África do norte, fá-lo sabendo do facto de tanto no Egipto como
na Líbia, apesar do derrube dos governos, cidadãos egípcios e líbios continuarem
a ser mortos? Quem contabilizou as vítimas da Primavera Árabe, para saber se
seria a escolha acertada da maioria dos moçambicanos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Desde a queda de
Muammar Kadhafi e Hosni Mubarak, ambos em 2011, se não me engano, tanto na
Líbia como no Egipto, as mortes continuam a ocorrer e o sangue é derramado até
hoje que escrevo. A Tunísia vive também os seus problemas. Será isso o que
queremos? Não seria melhor discutirmos de forma equidistante os problemas dos
moçambicanos, para estimular uma solução pacífica da violência? A guerra de 16
passou por dois presidentes ou seja, a paz demorou 16 anos, por quê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Há pessoas
nascidas ontem, que querem confundir a todos, hoje, sobretudo os da nova
geração. Queixa-se, alguém, de (des)informação, embora se socorra dela para,
primeiro e isso é legítimo, manifestar a sua liberdade e, segundo, o que é mau,
a fim de manipular mentes menos capazes
de interpretar os fenómenos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quantos jornais
e televisões os moçambicanos tinham de 1975 a 1992-1994? O grau de liberdade de
expressão e de imprensa em 1975, 1984 ou 1994 é o mesmo que em 2013? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Como
profissional de imprensa, há pelo menos três décadas, noto grandes diferenças
em termos de liberdades individuais e colectivas, e até liberdades económicas.
Cada emissão de TV ou leitura de jornal, permite perceber isso, ainda que seja
necessário aprofundá-las. E hoje até eu posso comprar camarão livremente e
especular no preço, sem temer nada. Sempre foi assim? Todos deveriam saber que
não!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">III<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Raptos. O “<b>DM</b>” de 25 de Fevereiro de 2012, em
artigo de primeira página, noticia a ocorrência de crime bárbaro e chocante:
duas crianças de oito e nove anos, ambas vítimas de sequestro simultâneo, foram
assassinadas no bairro de Macurungo, na cidade da Beira. Os cadáveres foram
enterrados dentro de uma casa em construção. Mortes muito violentas. A imprensa
remou sozinha, comparando com o caso mais recente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nélson Gentino,
de 26 anos, um dos três detidos em conexão com o assassinato dos menores, disse
que o rapto visava exigir um resgate de 120 mil meticais. Qual foi o eco? A
edição seguinte do “<b>DM</b>” traz-nos
a reacção do ministro do Interior, falando que tanto aquele caso como outros,
de rapto, seriam esclarecidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nenhuma
condenação ou manifestações como na semana passada, para não falar de partidos
políticos passeando a sua classe (semana passada). Por quê? O crime não foi
demasiadamente violento? Sem sombra de dúvidas, foi. Era o primeiro
(assassinato)? Sim. Era o primeiro rapto? Não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Que resposta?
Não sei. Verdade, analisando a parte não nobre das manifestações lideradas pela
LDH e Parlamento Juvenil, nas quais não se sabe porque a imprensa privilegiou
António Muchanga (Renamo), Venâncio Mondlane (MDM), só para citar dois
exemplos, para além da ameaças ou avisos de uma figura, cujo interesse na
governação remonta a 1998, na minha opinião, assente nas autárquicas daquele ano,
é que em Fevereiro de 2012, Afonso Dhlakama se mantinha em Nampula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Os primeiros
incidentes violentos relativos à fixação e atitude de Dhlakama em Nampula,
ocorreram em Março seguinte, antecedidos de cárcere privado de suposto espião
do SISE. Dhlakama vê em tudo espiões do SISE. Em Sadjunira deteve <i>muitos</i> e ninguém se manifestou, incluindo
os que iam ao famoso Samatenge, de Gorongosa –Samatenge lembra-me um tal Nwadjikiza
de Matutuine ou Catembe!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">IV<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Dhlakama até
enganou a Igreja, não teme a Deus. Para Dhlakama voltar a ser muito violento
contribuíram, em parte, vozes que lhe atribuíram, através da imprensa, razão: <i>foi provocado</i>, etecetra. O que fazia até
ser “<b>provocado</b>”? Ninguém questionou
como também não foi feito em relação à força armada que detém mesmo após o AGP.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Durante muito
tempo, vozes da Igreja, em particular, sempre garantiram aos moçambicanos: <i>os homens de Afonso Dhlakama, em Marínguè,
são inofensivos e fazem parte da sua guarda pessoal prevista no AGP</i>. Era
verdade? Perante a realidade actual, conclui-se: o líder da Renamo foi bastante
astuto, enganou-nos, incluindo a Igreja. É tarde para reverter o cenário
(existência de homens armados da Renamo), mas não é impossível, passando pelo
diálogo e por discutir a violência de forma equidistante e equilibrada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Se os
moçambicanos continuarem a ser mobilizados para ver e contestar o lado da intervenção
do poder do Estado, excluindo ataques a alvos civis e militares protagonizados
pela Renamo e, por essa via, legitimando-os, dificilmente a paz retornará. Podíamos
estar divididos, mas menos na morte: não há disparos nobres, a morte deve ter o
mesmo peso. Todos os que morrem são inocentes tanto nas forças do Estado como na
Renamo. Poupem-nos das ambições de governar o país a todo o custo, convocando
acontecimentos do norte de África!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Seja como for,
não é proibir sonhar: há jovens escritores que gostariam de ganhar o Prémio
Nobel da Literatura ou Prémio Camões. Mas, o escolhido, o laureado talvez nunca
tivesse pensado nisso, e é justamente por isso que mereceu a distinção como
reconhecimento do seu talento e trabalho desinteressado. A governação segue por
mesmo caminho. Ambicionar o poder, nem sempre significa chegar ao trono.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Volto a dizer:
se tiver dinheiro, posso comprar e vender camarão para especulação. Não terei problemas.
Mas foi sempre assim? Lembremo-nos da conquista das liberdades para não retrocedermos.
(X)<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-6851314482804889932013-11-06T03:40:00.000-08:002013-11-06T03:40:05.657-08:00DHLAKAMA NÃO ANALFABETO, CONSTITUCIONALISTA<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<b><span style="color: #555555; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><a href="http://www.diariomoz.com/index.php/opinao/1471-dhlakama-nao-analfabeto-constitucionalista"><span style="color: #095197; text-decoration: none; text-underline: none;">Dhlakama não
analfabeto, constitucionalista</span></a> <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Vezes há, em que se torna difícil
discutir Afonso Dhlakama/Renamo na cena política moçambicana. Talvez até
dissesse: sempre é arriscado! “<i>Eu
assessoro os meus assessores</i>” – disse Dhlakama, numa das suas declarações,
faz tempo, deixando todo o mundo boquiaberto. A mais recente afirmação: “<i>Eu não sou analfabeto</i>”. E esta! Acaso,
alguém teria dito que ele não é letrado? Vimo-lo, em Outubro de 1992, a assinar
o AGP. Não é nenhum Lobengula: tem-se ideia das escolas frequentadas antes de
apostar em armas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Se podem existir dúvidas sobre a sua
atitude, uma residiria em saber se deixou de ser rebelde ou não, se fosse o
caso. Só o caso de escolher ficar nas matas em vez da cidade, dá para uma
reflexão. E no dia em que ele decidir sair de Sadjunjira, tirar-se-á a ilação,
para os moçambicanos amantes da paz, do preço da repetida afirmação: “<i>Dhlakama é livre de viver onde quiser</i>”.
Essa liberdade está a custar sangue e dinheiro aos moçambicanos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Ele afirmou não ser analfabeto, para dar
substância à sua vontade de inviabilizar as eleições de Novembro, alegando
inconstitucionalidade, ameaçando rejeitar os resultados das autárquicas e
revelando insatisfação pelo facto de o MDM estar disposto a participar na
votação, contra planos de boicote. Parecia zangado! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">A novidade da declaração de não ser
analfabeto, se for, está na insinuação da veia de constitucionalista. O resto é
habitual: ataques verbais à Frelimo e ao MDM, incluindo a tendência de não
reconhecer a vitória dos adversários políticos. Desde 1994, custa ao líder da
Renamo reconhecer a derrota. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O debate público de ideias tem regras.
Uma assenta no resumo da tese do oponente. Outras são discutir com base em
factos e não recurso à emoção, entre tantas possíveis. Dhlakama não age com
emoção? Eis a questão. Mas convém observar que ser letrado não é, à partida,
versar em Constituição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"> A
interpretação das leis tem dado muito pano para manga não só entre nós,
moçambicanos, mas também envolvendo outros doutores da lei pelo mundo fora. Os
médicos, engenheiros e tantos outros doutos precisam de advogados. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não seriam a Renamo e Dhlakama duas
excepções! Sucede, porém, que se o líder da Renamo percebe da Constituição,
levanta várias questões: encabeça homens armados quer em Sadjunjira quer em
Marínguè e, provavelmente, em outras zonas do território moçambicano. É legal?
Esses ou outros (homens) mataram pessoas este ano e destruíram bens. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Qualquer constitucionalista saberia que
isso é contrário à lei. Complicadíssimo é mesmo compreender Afonso Dhlakama e a
Renamo. Querem socorrer-se da Constituição e outras leis, mas simultaneamente
não respeitam as leis e não querem que na discussão se usem instrumentos
legais. A Constituição só vale quando convém às suas figuras e organização? O
que está a acontecer em Moçambique? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Em parte, pessoas desavindas com outras,
mas representando um número pequeno em relação aos vinte e poucos milhões de
moçambicanos, atiçam o fogo ou por pura vingança pelas ambições não satisfeitas
ou simplesmente esperam tirar dividendos em caso de caos. E os porquês de
estarem desavindas, que se saiba publicamente, em alguns casos, parece coisa
pequena, como seria o facto de um alguém ter sido impedido, por um pequeno
grupo, de usar um trapo! Não é mesquinhez, olhando para as mortes de pessoas
nas estradas? Dhlakama nega sair de Sadjunjira porque, tal como disse, o
caminho está fechado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não explica, no entanto, como o seu
secretário-geral, Manuel Bissopo, sai e entra à semelhança de outros quadros da
Renamo, parte dos quais vive na cidade de Maputo, longe das ameaças de guerra.
Bissopo esteve na Beira no dia 4 de Outubro, com dísticos ameaçando não haver
eleições sem a Renamo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Semana passada, o porta-voz da Renamo,
Fernando Mazanga, falou de homens e armas para defender o povo. O que se dizia,
antes, e importantes figuras religiosas, durante muito tempo, defenderem-no à
luz do AGP, é que tais homens (e eventualmente armas) constituíam a guarda de
Afonso Dhlakama. Mas, hoje, Mazanga surge com uma nova versão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">É mesmo difícil compreender a
organização de Dhlakama. Mesmo a explicação dada para o ataque ao posto
policial em Muxúnguè, no tal “desenrasquem-se” ordenado por Afonso Dhlakama,
não colhe. Se é guarda de Afonso Dhlakama, tem de estar a guarnecê-lo e não a
protagonizar ataques à mão armada, seja qual for o alvo. E falar em nome do
povo torna-se desprestigiante. Qual é o povo defendido, a ser morto? A não ser
que a Renamo soubesse distinguir, entre as suas vítimas, dois povos
moçambicanos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Ninguém dá importância a Afonso
Dhlakama? Penso que tem sido acarinhado e tolerado. É membro do Conselho de
Estado, mas não quer saber deste órgão para nada. Quando convoca conferência de
imprensa em Sadjunjira, os jornalistas lá vão a correr. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O antigo Presidente da República até já
lhe propôs um salário/pensão, apesar de não participar na cerimónia de sua
investidura. Requereu propriedades para exploração de recursos minerais,
foram-lhe concedidos, e é o único, à margem da lei, com homens armados a
circular a seu bel-prazer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não se pretende dizer que tanto a Renamo
como o seu presidente não façam reivindicações, mas que, sim, não usem o “vale
tudo”, a exemplo de matar! E sobretudo o seu saber os torne politicamente
fortes e não façam o que, por provável falta de boa leitura política, ocorreu
depois da existência da coligação Renamo-União Eleitoral (RUE). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">O que aconteceu com a RUE? Simplesmente,
a Renamo entendeu que o relativo sucesso obtido se devia unicamente à sua
imagem política e do seu líder. Não compreendeu o jogo de dar e receber na sua
reciprocidade plena. Hoje não governa em nenhum município e tem o mais reduzido
número de deputados na AR, desde as históricas eleições de 1994. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Se vingarem as autárquicas de 20 de
Novembro, não estará representado em nenhuma Assembleia Municipal. Falhas de
cálculo?! Dhlakama deveria consultar outros constitucionalistas. A Renamo
deveria consultar outros constitucionalistas, para se juntarem ao saber
constitucional do seu líder. E a via das leis é a melhor (e legal)
relativamente à armada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<span style="color: #333333; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">“In” Diário de Moçambique, 16 de Outubro
de 2013<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">PS:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Jornalistas que estiveram com Dhlakama em
Sadjunjira, recordam-se da primeira justificação do líder da Renamo, para não
se encontrar com o Presidente da República? Que eles (os jornalistas) seriam os
primeiros a escrever que Afonso Dhlakama recebe dinheiro da Frelimo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Por isso optou por
constituir a sua equipa para dialogar com o Governo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se os moçambicanos
adivinhassem teriam pedido, mas provavelmente sem sucesso, em nome da paz, que
os jornalistas não escrevessem que Dhlakama recebe dinheiro da Frelimo. Talvez
ninguém morresse ou seu sangue derramasse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas ainda isso me
recorda uma entrevista que li, por acaso, atribuída a Ericino de Salema, em que
este perguntava a Dhlakama quanto recebe? Eis excertos dessa entrevista:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dhlakama nega revelar quanto
ganha<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pergunta (P)</span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">: A Renamo recebe 3.2 milhões de
meticais/mês e o estudo diz que a gestão financeira no seu partido é ultra-deficiente.
Já que estamos a falar de dinheiro, pode dizer quanto dinheiro recebe
mensalmente como presidente da Renamo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Resposta (R): Eu não tenho salário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P: O que tem, então?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R:Tenho um subsídio, que é aquilo que me
dão mensalmente para comer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P:Pode dizer aos
moçambicanos qual é o seu subsídio mensal?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R: Não é preciso, porque não é salário;
se fosse um salário, eu podia dizer que eu tenho isto por mês.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P:Não acha que revelando
quanto tem por mês passaria a ideia de ser uma pessoa transparente?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R: Olha, a Renamo não é emprego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P:Sim, mas o estudo faz
fortes críticas à gestão financeira dentro da Renamo...<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R: A Renamo não é empresa para dizer que
paga-se “X”, paga-se “Y”; nós temos milhares, milhares de<b> </b>pessoas que sobrevivem através da Renamo. O que damos às pessoas
não é algo fixo. Varia.<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P:Pode, sem citar nomes ou
posições, dizer qual é o subsídio mais alto na Renamo e qual é o mais baixo?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R:Isso não tem interesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P: De princípio, há eleições
gerais em 2009. Voltará a candidatar-se a PR pela Renamo?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R:Por que não? Mas isso vai depender do
meu partido. Nós vamos fazer o congresso. Sabe que nós adiámos o congresso que
estava planeado para este ano para o próximo ano. Vou-me candidatar a candidato
pelo partido e, se for eleito, vou concorrer a PR. Certamente que haverá outros
candidatos, pelo que tudo dependerá da vontade dos membros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">P:Já se candidatou a PR em
três eleições e parece que, de ano para ano, as <i>chances </i>de ganhar estão
a diminuir. Não acha que é chegado o momento de se candidatar também a deputado
da AR, talvez </span></b><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">para
chefiar a bancada e controlar tudo por dentro, para que a caravana não lhe
passe ao lado?<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">R: Meu amigo, as suas perguntas parecem
ser uma investigação, mas eu, como sou democrata, vou responder-lhe. O
objectivo da Renamo não é só o Parlamento. O meu objectivo fundamental é de
colocar a Renamo no poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">*<i>Especial para o </i></span><span style="color: #008100; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-weight: bold;">SAVANA</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-38455437025927580742013-10-09T06:47:00.002-07:002013-10-09T06:47:50.404-07:00ABSTRACÇÕES SOBRE A PAZ EM MOÇAMBIQUE<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Sexta-feira, dia
4 de Outubro de 2013, 21º aniversário do Acordo Geral de Paz. Trabalhava.
Outros também desenvolviam as suas actividades, incluindo as de abstracção
sobre a paz, com recurso às televisões, esse meio de massas usado até para
manipulação das próprias massas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Concentrei-me,
durante os intervalos. Fiquei atento, a ouvir um dos grupos, dada a actualidade
do tema paz, sugerida pelas rondas do diálogo Governo-Renamo e ataques ocorridos
em Muxúnguè e Savane, em Sofala, vivos na (nossa) memória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Nunca considero
perda de tempo, seja qual for a discussão, sendo interveniente directo ou não.
Mas, no caso questionava-me: Será que se está no âmago da paz, como questão de
momento?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Ouvi as teorias
possíveis e imaginárias sobre o que era a paz, todas válidas, desde a que
começa em casa, em cada família ou homem e mulher, a paz interior ou espiritual
e, para não variar, pobreza, distribuição da riqueza, direitos humanos,
juventude ou jovens e por aí fora. As capacidades de abstracção de cada um dos
tantos intervenientes não poderiam ter passado despercebidas!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Questionava-me
novamente: Com tantos conceitos, definições ou formulações sobre a paz, aonde
se pretende chegar? Fiquei com medo, devido à incerteza, suspeitando ser
possível tornar a paz algo inatingível.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O que é a paz?
Por que não se pode discuti-la na actualidade, usando as referências vivas,
como, por exemplo, os casos Muxúnguè e Savane, relacionando-os com Sadjunjira
ou Marínguè?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Para mim a paz,
antes das mais credíveis análises ou especulações, é ameaçada pela violência
ocorrida e latente, e daí a urgência da busca de soluções para que isso não se repita.
Sempre essa intranquilidade, específica, está associada à existência de uma
força residual vista, por conveniência (de alguns) durante os 21 anos do AGP,
como inofensiva, apesar de desordens registadas através da imprensa, umas menos
ou mais graves que outras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Pensando assim,
a paz poderia de forma privilegiada ser discutida como o único dinheiro que
cada um tem para sobreviver e caso seja gasto em despesas fúteis, o risco é de
vida – ou para a obtenção de alimentos, não havendo dinheiro porque gasto em
coisas menos primárias, o recurso seria o cometimento de crimes. Aí, vi a paz atingível,
algo concreto, o substrato da existência colectiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quer dizer,
essas abstracções feitas em diferentes ocasiões ou fóruns são muito
importantes. Mas, acima de tudo, parece urgente discutir a paz num contexto de
existência de ameaças, fazendo a gradação do problemas a solucionar, partindo
do primeiro, seja na escala de cinco, dez ou vinte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quando me refiro
à escala, sugiro a identificação do problema número um, depois dois, três,
quatro e cinco, na escala de cinco. Obviamente se numero os problemas, tenho
intenção. Mas a minha gradação não deve ir da questão menos preocupante para a
mais no conjunto das inquietações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Dou um exemplo:
a que se deve o actual diálogo? Se, por um lado, é verdade que sempre houve
diálogo, por outro, o ainda em curso partiu de uma situação gravíssima,
testemunhada por escoltas para garantir a segurança de pessoas e bens no troço
Muxúnguè-Save da N1. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Logo: o problema
paz passa por remover o obstáculo em relação ao qual ninguém contabilizou os
prejuízos acumulados, incluindo casos de famílias obrigadas a pernoitar com
urnas em transladação, porque a circulação de viaturas não pode continuar por
razões de segurança, sendo interrompida no Save ou em Muxúnguè.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A formulação de
premissas para a consumação (conclusão) dos ataques, na discussão sobre a paz,
nunca deve ser ignorada. Em palavras simples: as ameaças e ataques a alvos
civis e outros na N1e em Savane foram possíveis porque existe um grupo armado.
Este é o aspecto primário, antes de se pensar na paridade, distribuição justa
de riqueza, que são problemas reais a serem, em devido tempo, resolvidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">As abstracções
que se fazem adensam mais do que desanuviam o ambiente político. Se alguém olha
para a força da Renamo como um simples instrumento de pressão sobre o Governo,
minimiza o problema, que não é resolvido desde pouco depois da assinatura do
AGP, em 1992. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O dia 4 era um
dia especial para se sugerir como eliminar esse suposto instrumento de pressão.
O diálogo pode resolver várias coisas, mas se a referida força não for
reencaminhada para outras tarefas, nos próximos anos continuaremos a ter o
mesmo problema. Sublinho: se houve ataques, estes foram viabilizadas pela
existência de homens armados, com essa capacidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Pensemos que o
AGP foi assinado há 21 anos. Se visava pôr fim à guerra, como o principal
problema para a maioria dos moçambicanos, como se explica hoje nova ameaça de
conflito? Mais do que outras teorias, vinga o de homens preparados para isso,
poucos ou muitos, não interessa, mais capazes ou menos capazes, também é uma
questão secundária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Não saltemos
para a descoberta dos recursos minerais, contornando Marínguè e Sadjunjira. Esse
(descoberta de recursos minerais) e outros problemas, embora seja necessários
discuti-los, não são a essência da razão de ser, até, das actuais abstracções.
E não as fazemos nas mesmas condições da Grécia antiga, porque temos questões
básicas por resolver. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Receio que nos
especializemos em reflexões, deixando para trás o concreto. Mais tarde podemos
sofrer um grande recuo, pois em plena implementação dos projectos resultantes
da descoberta dos recursos minerais, seremos surpreendidos com a existência de
um grupo disposto a destruir tudo, a fazer nova guerra, porque simplesmente foi
visto como uma força/instrumento de pressão para reivindicação da paridade nos
órgãos eleitorais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Em 21 anos, a
Renamo nunca tinha feito ou reivindicado emboscadas na N1. Envolveu-se em
outros actos de violência, até mais graves, mas as suas ameaças de paralisar o
país ou dividi-lo não incluíam atirar contra alvos civis e militares ou
paramilitares, com seu líder a confirmar ter deliberadamente dado ordens nesse
sentido. E passam 21 anos da assinatura do AGP! (X)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-12036483303544446222013-09-24T03:09:00.002-07:002013-09-24T03:10:52.124-07:00HOMENAGEM A DEFENSORES DA LIBERDADE DE IMPRENSA NA ABI<h1 class="title">
Defensores da liberdade de imprensa recebem homenagem na
ABI</h1>
<div class="node">
<div class="views-field-created">
<span class="field-content">20/09/2013 -
19h03</span> </div>
<div class="taxonomy superior">
<ul class="links">
<li class="taxonomy_term_55 first last"><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/assunto/cidadania" rel="tag" title="">Cidadania</a> </li>
</ul>
</div>
<div class="content">
Akemi Nitahara<br />
<em>Repórter da Agência Brasil</em><br />
Rio de Janeiro – Personalidades internacionais que denunciaram escândalos de
espionagem e vazamento de informações confidenciais foram homenageadas hoje (20)
na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A primeira entrega da Medalha de
Direitos Humanos da ABI foi dedicada a Julian Assange, Edward Snowden, Glenn
Greenwald, Bradley Manning, Aaron Swartz e Mordechai Vanunu.<br />
De acordo com diretor da Comissão de Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos
da ABI, Mário Augusto Jakobskind, a homenagem é uma forma de reconhecer os
serviços prestados à humanidade, ao direito de cidadania e ao direito à
informação.<br />
“É uma lembrança também para mostrar para o Brasil que hoje o mundo é global,
nós precisamos ter solidariedade a figuras desse porte que sacrificam suas vidas
pessoais, inclusive com ameaças à própria vida, ao direito de ir e vir. Eles
precisam ser lembrados, tornados figuras públicas e homenageadas, pois estão
prestando um serviço de utilidade pública à comunidade internacional, à
humanidade mesmo”.<br />
Jakobskind lembra que o direito à informação está relacionado ao pleno
exercício da cidadania, quando é uma informação “sem subterfúgios e sem
manipulações”. “O principal da homenagem é para que a comunidade internacional
tome conhecimento que entidades brasileiras que participam das mobilizações e
movimentos sociais estão reconhecendo os serviços prestados por esses cidadãos
pelas informações, inclusive relacionados ao Brasil, a espionagem que todos nós
sabemos, essa ocorrência lamentável. E graças a ele [Snowden], na verdade nós
confirmamos o que já sabíamos, por indícios ou por uma série de questões, agora
é confirmado”.<br />
O norte-americano Edward Snowden está envolvido na divulgação do escândalo da
espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos.
Ele tornou público os detalhes de como é feita a vigilância sobre o tráfego de
informações e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Snowden vive em Moscou, na
Rússia, onde conseguiu asilo político depois de passar um mês no aeroporto da
cidade.<br />
O advogado e escritor Glenn Greenwald divulgou as informações repassadas por
Snowden no jornal britânico <em>The Guardian</em>. Seu companheiro, o brasileiro
David Miranda, foi detido no Aeroporto de Heathrow, onde passou por
interrogatório e teve seus pertences apreendidos. Atualmente, Greenwald mora no
Rio de Janeiro.<br />
O australiano Julian Paul Assange é responsável pelo <em>site </em>Wikileaks,
que tem publicado uma série de denúncias e informações sigilosas do governo
norte-americano, inclusive relacionadas ao tratamento dos prisioneiros de
Guantánamo e o envolvimento dos Estados Unidos nas guerras do Afeganistão e
Iraque e telegramas secretos da diplomacia. Foi considerado Homem do Ano de 2008
na Franca e entrou na lista dos 100 homens mais influentes do planeta da revista
<em>Times </em>em 2011. Assange vive há um ano na embaixada do Equador, em
Londres.<br />
O soldado norte-americano Bradley Edward Manning foi preso em 2010 e
condenado a 35 anos de prisão por acesso e divulgação de informações sigilosas.
Ele foi acusado de vazar 700 mil documentos para o Wikileaks, mas a acusação não
foi provada. A após a divulgação da sentença, ele pediu para passar por
tratamento hormonal e passou a se chamar Chelsea Elizabeth Manning.<br />
Também norte-americano, o ativista Aaron Hillel Swartz ajudou a criar a
licença Creative Commons, que possibilitou acesso a milhões de arquivos públicos
do judiciário norte-americano, textos acadêmicos e bancos de dados. Em 2011 ele
foi preso, acusado de compartilhar artigos em domínio público pagos pela revista
científica JSTOR e de invasão de computadores. Ele suicidou-se em janeiro deste
ano. Depois da morte, promotoria retirou as acusações contra ele.<br />
O último homenageado nesta primeira edição da medalha é Mordechai Vanunu, que
nasceu no Marrocos e se tornou técnico nuclear em Israel. Ele revelou
informações sobre o programa nuclear israelense, divulgadas pela imprensa
britânica em 1986. Vanunu foi sequestrado em Londres pelo serviço secreto
israelense e condenado por traição. Ficou 18 anos preso, mais de 11 em cela
solitária.<br />
<em>Edição: Fábio Massalli</em><br />
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons
Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir o material é necessário apenas dar
crédito à <strong>Agência Brasil</strong></div>
</div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-42088566508168709252013-09-17T03:14:00.001-07:002013-09-17T03:16:52.200-07:00REVÉS DA TRANQUILIDADE DO BILENE<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">As <i>estórias</i> da vigilância, desse tempo em
que há quem fale da exacerbação de medidas preventivas de quase tudo, são
muitas. Lembrei-me de uma delas quando a imprensa reportou o facto de supostos
raptores se terem escondido no Bilene, até ao dia do desmantelamento do seu
refúgio, com tiroteio pelo meio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Veio-me à memória
o dia em que todos os caminhos iam dar à sede do GD, onde ocorreu um julgamento
popular. Era réu um homem alto e forte. Ele contou tudo, tintim por tintim.
Sim, de facto, explicou, tinha morto o amante da mulher, mas em legítima
defesa. Caso contrário, alegou, teria morrido vítima de agressão física na sua
própria casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A multidão
delirava. O secretário do GD teve que apelar ao silêncio repetidas vezes.
Talvez tivesse avaliado mal a reacção dos presentes a cada detalhe contado
sobre a consumação do homicídio, incluindo como estrangulou o amante da mulher,
surpreendido completamente nu. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Não era nenhum
evadido da cadeia, garantiu: «<b>O juiz
concedeu-me liberdade condicional. Escolhi novo bairro para tentar refazer a
minha vida e reflectir sobre o passado</b>» – disse, visivelmente constrangido.
Estava entre os presentes a sua nova companheira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A multidão reunida
na sede do GD, como resultado vigilância popular, sempre alerta, era dez vezes
mais do que os presentes no julgamento que poderia ter sido o início do fim do
caso de homicídio involuntário, não fosse o contratempo da vigilância popular.
Via-se forçado a remover o passado, a contragosto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Depois do
almoço, desci para a praia, sem pensar em crimes. Era um dia de céu limpo e o
azul celeste produzia reflexos sobre as águas límpidas do Bilene. Vi uns barcos
e pensei que poucas horas mais tarde, já livre, poderia dar um passeio de barco
e desfrutar daquela beleza natural.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;"> A última vez que me meti numa embarcação
regressava de Inhassunge. Foi pouco antes das eleições de 1999. Recordo-me
disso pois, por essa altura, completava dez anos sem pôr os pés na cidade de
Quelimane, onde estivera pela primeira em 1989. Sentia saudades de navegar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Desci e caminhei
pela praia, aproximando-me das águas e de um indivíduo aparentemente nativo. «<b>É possível ter um barquinho para dar uma
voltinha?</b>» – perguntei. E a resposta veio prontamente: «<b>Sim. Aqueles barquinhos que estão acolá</b>».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Claro que queria
saber quanto custa. As pequenas embarcações estavam, de facto, um pouco distantes.
Mais próximo se podia ver banhistas, casais a namoriscar na água. Duas jovens,
que pouco antes tinham provocado uma indagação, própria da pretensão de saber
de tudo, mesmo sem elementos para o fazer, também estavam semi-mergulhadas.
Outros pares aparentemente se bronzeavam na orla.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Mais tarde
apercebi-me de que não tinha prestado atenção a um homem de pouco mais de
trinta anos, debaixo da sombra de uma árvore na praia. Com ele, posta a minha
preocupação, conversei longamente. A cavaqueira foi provocada, primeiro,
perguntando o que eu queria quando me dirigi ao nativo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">«<b>Queria um barco ou quer uma parcela, para
construir uma sua casinha de férias na praia?</b>» – perguntou-me. Não estava
nos meus pensamentos, nenhuma terra para construir uma casinha da praia para
férias. Surpreendido, tornou-se inevitável conter a admiração: «<b>Parcela!...»</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">O homem, de
calções, parecia hábil no negócio: «<b>As
pessoas quando se fala de terra na Praia do Bilene para construir, pensam logo
em elevadas somas. Não se assuste. Não é um grande valor</b>».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Contou. «<b>Eu nasci aqui, os meus avós têm um terreno.
Quero vender uma parte da terra, porque sei que, vivendo longe, não hei-de
fazer o devido proveito. Mesmo aqui estou à espera de um interessado, que me
telefonou…</b>»<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Disse tudo o que
me queria explicar sobre a terra, onde ele vivia e o valor, para ele módico, da
parcela para a construção da minha casa da praia. Logo me defendi: «<b>Vivo muito longe daqui e seria complicado
ter uma casinha da praia</b>».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Ele apresentou
os seus argumentos e eu os meus. E sem mentir, o homem referiu-se ao facto de
muitos estrangeiros terem lá casas que permanecem quase um ano fechadas,
entregues, maioritariamente, às empregas para fins de limpeza, até chegar o
verão. E por que eu não teria a minha casinha de férias, onde pudesse descansar
com a família nas férias do Natal? Pergunto eu também!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Foi então que,
vendendo o seu peixe, falou da tranquilidade da Praia do Bilene. «<b>Isto aqui é um sítio tranquilo. O índice de
criminalidade aqui é zero. Se alguém cometer crime, não é daqui…</b>»<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Confirmei a
tranquilidade. Era perceptível. Não fosse isso, teria passado mal quando
voltava de Xinhambanine, numa noite. A minha vista cansada, criou-me problemas,
mais uma vez, agravados pela escuridão. Se fosse terra com índices notáveis de
criminalidade, teria sido vítima de assalto em vão: «<b>Sim. De facto é um sítio tranquilo</b>» – sublinhei.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">«<b>Isto aqui é tão tranquilo que mesmo um
bandido se pode esconder por longo tempo. Basta não sair, permanecer onde está,
é difícil ser descoberto</b>» – disse, convicto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quando contei a <i>estória</i>, da venda de parcela, todo o
mundo disse que o homem era burlão. Como omitisse o facto de a Praia do Bilene
ser tão tranquila que até criminosos se escondem por um longo período, ninguém
comentou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">A referência a
criminosos intrigou-me, confesso. Mais do que isso, fiquei assustado. Comecei a
pensar em muitas coisas, apesar de a nova autarquia aparentemente ser tranquila.
O sossegou absoluto retornou assim que deixei a Praia do Bilene.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt;">Quando li que a
polícia tinha desmantelado um esconderijo de criminosos no Bilene, estabeleci
uma relação entre essa ocorrência e o que me havia dito o homem. Como evitar
que um sítio tranquilo se possa transformar em esconderijo de criminosos? É o
puzzle. E a nova tarefa das autoridades locais, incluindo a Polícia. (X)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8713362926166161477.post-1462540771730625842013-09-17T02:53:00.001-07:002013-09-17T02:53:02.539-07:00SILOSIKAGUME: Estórias de expurgação<a href="http://franciscoamuianga.blogspot.com/2013/09/estorias-de-expurgacao.html?spref=bl">SILOSIKAGUME: Estórias de expurgação</a>: Chegou o tempo de produzir também obras policiais, assim pensa pelo menos uma editora, entendendo abundar matéria suficiente para esse tipo...SILOSIKAGUMEhttp://www.blogger.com/profile/03577067741485851238noreply@blogger.com0